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É provavelmente uma aposta segura que em uma tarde no complexo de estúdios Soundcheck, só o Estúdio D tinha uma banda que tocava uma réplica de um banjo de trovador sem trastes de 1858 e dois pares de ossos, instrumento de percussão manual, em um pot-pourri de canções com pelo menos 150 anos de idade.

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Essa seria a banda de Rhiannon Giddens. Ela tem sido celebrada no circuito folk como um membro da Carolina Chocolate Drops, dedicada à tradição das bandas de cordas afro-americanas dos anos 1920 e 30. O álbum de lançamento do grupo em 2010, "Genuine Negro Jig", ganhou um Grammy como melhor álbum folk tradicional. Mas agora Giddens está lançando seu primeiro disco solo, "Tomorrow Is My Turn", em 10 de fevereiro.

Seu produtor, T-Bone Burnett, também esteve por trás de grandes sucessos de música norte-americana como "Raising Sandwich", uma colaboração de Alison Krauss e Robert Plant.

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Ele disse que Giddens tem "um dom muito profundo". Ela se encolhe, ligeira mas visivelmente, diante da ideia de ser uma estrela. "Como minha mãe sempre disse, nunca faça nada por dinheiro, poder ou prestígio", disse ela. "Eu acredito nisso. É uma vocação."

Essa vocação é dar nova vida às canções. "O que realmente me interessa é ter uma conexão com o que aconteceu no passado, mas torná-lo uma coisa viva."

Para muitos ouvintes, seu surgimento é mais que bem-vindo. Juntamente com fãs do Chocolate Drops, estes incluiriam pessoas que a viram em "Another Day, Another Time", o show e documentário de 2013 que revisita o renascimento folk dos anos 1960.

Os demais a escutaram em 2014 no New Basement Tapes, compondo canções com letras redescobertas de Bob Dylan junto com Elvis Costello, Jim James, Marcus Mumford e Taylor Goldsmith.

Giddens e sua banda trabalharam material coletado de Nina Simone, Dolly Parton, a pioneira gospel Sister Rosetta Tharpe e a blueswoman Geeshie Wiley.

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No álbum, as antigas canções são refeitas com recursos e truques modernos. Por exemplo, a música "Black Is the Color", do Appalaches, ganha um ritmo dançante com as sílabas percussivas de um beatboxer humano.

Giddens, Dom Flemons e Justin Robinson fizeram o Carolina Chocolate Drops depois que se conheceram no Black Banjo Gathering, convenção na Carolina do Norte dedicada ao legado das bandas de cordas afro-americanas.

No grupo, cuja formação mudou, Giddens se reveza nos vocais com outros membros da banda, um arranjo que ela prefere.

Burnett disse: "É bom ter pessoas ao redor para absorver os golpes. Mas no caso dela parecia que era, não direi desperdiçada, mas subutilizada". Ele a empurrou para baixo dos refletores.

Apesar de Giddens ter sido criada na Carolina do Norte, uma nascente do country-blues, a música que escutava em casa era o catálogo do renascimento folk de Peter, Paul and Mary e Joan Baez.

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Quando ela pensou em ser cantora, recorreu à ópera e se formou em canto. Foi atraída pela música de banda de cordas quando estava no Oberlin College, em Ohio, esperando ver danças campestres inglesas. Então descobriu a antiga música tradicional americana. Adotou o banjo e a rabeca.

Ela também percorreu o lado céltico da tradição dos Appalaches. E encontrou tempo para explorar os cantos indígenas norte-americanos e visitar Gâmbia para estudar o akonting, um ancestral do banjo que existe há séculos na África ocidental.

De certa forma Giddens traz de volta um arquétipo do renascimento folk: a cantora de ópera que adota canções tradicionais, como Marian Anderson e Odetta. Mas aos 37 anos Giddens também é uma musicista da era da internet.

Ela adotou a canção "Tomorrow Is My Turn", originalmente de Charles Aznavour, depois de ver um clipe fascinante de Nina Simone cantando-a em Londres.

"Você pode interpretar que estou dizendo 'Amanhã é a minha vez' porque finalmente consegui fazer um disco solo, mas na verdade não tem nada a ver com isso. Eu a estava observando e simplesmente pensei que essa era a trilha sonora certa para ela."

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