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Manifestantes em barricada no centro da capital ucraniana | Gleb Garanich/Reuters
Manifestantes em barricada no centro da capital ucraniana| Foto: Gleb Garanich/Reuters

2 mortos

Ao menos dois participantes dos protestos em Kiev foram mortos até agora, ambos feridos a bala, depois de confrontos entre manifestantes liderados por radicais e policiais.

Um dia depois do fracasso nas negociações entre manifestantes e o governo da Ucrânia, o presidente Viktor Yanukovich apresentou ontem uma série de concessões para frear os protestos da oposição, que ganharam força após a morte de pelo menos dois manifestantes esta semana. Ele propôs libertar manifestantes presos e reformar seu gabinete de governo e amenizar leis que criminalizam protestos.

As concessões, de acordo com a agência russa Interfax, foram feitas ontem durante uma reunião com líderes religiosos do país. Yanukovich disse a eles que uma sessão especial do Parlamento será convocada na terça-feira para levar adiante uma reforma ministerial, a anistia a dezenas de ativistas detidos e uma mudança na dura lei antiprotestos aprovada recentemente na Ucrânia.

"Farei tudo que puder para parar esse conflito, pôr um fim à violência e alcançar a estabilidade", disse Yanukovich, segundo seu gabinete.

A oposição, por sua vez, pediu por meio de nota, mediação internacional para a crise. "Qualquer discussão para pôr fim à crise deve ocorrer com mediadores internacional do mais alto nível", declarou em nota o partido Udar.

Os protestos começaram por causa de um possível acordo da Ucrânia, ex-república soviética de tradicional influência russa, com a União Europeia (UE). Yanukovich desistiu do pacto, o que levou manifestantes às ruas. Os protestos cresceram ao longo de dois meses e se transformaram em atos mais amplos contra a corrupção e a gestão do presidente.

Desde o fim de semana, quando Yanukovich aprovou leis mais duras contra os manifestantes, a situação se agravou. Ontem, os protestos se espalharam para outras cidades, como Lviv, Ternopil, Ivano-Frankivsk e Khmelnytski. Mais de cem pessoas foram presas nos protestos.

Em Kiev, manifestantes levantaram mais barricadas nas ruas e ocuparam o prédio de um ministério, depois de desocupar a Praça da Independência de Kiev, onde começaram os protestos contra Yanukovich, em novembro.

Com máscaras e alguns carregando escudos policiais como troféus, os manifestantes montaram guarda enquanto outros empilhavam sacos de areia cobertos de neve ao longo de vias próximas à praça.

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