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O chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, rejeitou nesta terça-feira formalmente o plano de soberania para o País Basco do lehendakari (presidente regional basco), Juan José Ibarretxe, após sua reunião em Madri.

Este plano, que propõe duas consultas populares no País Basco até 2010 antes de ser concluído com o consentimento dos bascos para "decidir livremente" sobre seu futuro, "não será nem aceito, nem aprovado, nem colocado em prática", disse Zapatero à imprensa após esta reunião.

"As consultas populares por meio de referendos sempre têm que ser autorizadas pelo Estado, através do governo, e neste caso pelas cortes gerais", explicou Zapatero.

"Esse é o princípio, é claro como a água e como a água está claro que não se pode convocar nenhum tipo de consulta mesmo que não tenha valor vinculante. Portanto, o que não se pode fazer, não será feito", disse o chefe de governo, pedindo ao lehendakari que se atenha ao que estabelece a Constituição espanhola.

Zapatero ressaltou que "a única via" para a revisão das relações institucionais entre o País Basco e o Estado espanhol é "a reforma do estatuto de autonomia", já muito amplo, desta próspera região do norte da Espanha.

Depois do encontro, Ibarretxe afirmou ter "a mão estendida" para apresentar a Zapatero sua oferta "de Downing Street à basca", em referência à declaração solene de 15 de dezembro de 1993 entre o então primeiro-ministro britânico John Major e seu colega irlandês Albert Reynolds, que abriu caminho para o processo de paz na Irlanda do Norte.

Ibarretxe, membro do Partido Nacionalista Basco (PNV, democrata-cristão) ressaltou que há "tempo para conversar, negociar e chegar a um acordo, antes e depois das eleições" legislativas de março de 2008.

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