Manágua - O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, lançou ontem um ultimato ao presidente designado hondurenho Roberto Micheletti, ao dizer que "no mais tardar, na próxima semana" espera ser restituído ao poder, do qual foi derrubado por um golpe de Estado no final do mês passado.

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Zelaya disse que, se Micheletti não lhe devolver o poder até o prazo estipulado por ele, dará por fracassadas as negociações em curso na Costa Rica e adotará outras medidas. Ele não detalhou quais seriam essas medidas.

Enquanto isso, em Tegucigalpa, Micheletti disse que as conversações poderão ser retomadas no sábado.

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Micheletti designou ontem um novo chanceler, Carlos López, para tentar romper o cerco diplomático imposto a seu governo. López, que era porta-voz do governo interino, foi empossado com a missão de continuar as conversações com outros países e com Zelaya.

O presidente interino teve de substituir o primeiro chanceler indicado, que renunciou devido a uma polêmica que causou mal-estar internacional. Contrariado com a condenação de Barack Obama à derrubada de Zelaya, Enrique Ortez chamou o presidente dos EUA de "negrito’’. Posteriormente, ele pediu desculpas pela ofensa.

Ao anunciar o novo chanceler, Micheletti expressou admiração e respeito pela sua "trajetória internacional’’. López disse que uma de suas primeiras providências será "gerir a continuação das relações diplomáticas com todos os países amigos’’.

Ele também qualificou de precipitada a decisão da Organização dos Estados Americanos (OEA) de suspender Honduras da organização. "Os países membros da OEA são soberanos e podem perfeitamente manter relações diplomáticas com Honduras, independentemente de como votaram na organização’’, afirmou López.

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