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Jacob Zuma assumiu neste sábado a Presidência da África do Sul após uma extraordinária recuperação política e rapidamente enumerou os desafios enfrentados pela maior economia do continente.

A perspectiva de o ex-guerrilheiro se tornar o quarto chefe de Estado da nação desde o fim do apartheid era impensável quando ele teve sua imagem prejudicada por acusações de corrupção e estupro, crises que poderiam ter tirado muitos políticos de cena.

Prometendo ajudar a África do Sul a realizar os seus sonhos, Zuma, de 67 anos, traçou um panorama geral sobre a economia da nação, que já pode estar em sua primeira recessão em 17 anos.

"Precisamos reconhecer que nos encontramos em tempos de dificuldades financeiras. Empregos estão sendo perdidos em todas as economias do mundo," afirmou o líder do partido ANC em seu primeiro discurso como presidente.

"Não seremos poupados pelo impacto negativo e estamos começando a sentir o aperto," afirmou Zuma.

O ex-presidente Nelson Mandela, que como Zuma ficou preso em Robben Island durante o domínio branco sobre o país, deu o seu selo de aprovação para o novo líder ao comparecer à cerimônia.

Caças da força aérea sobrevoaram os escritórios presidenciais onde Zuma terá de tomar difíceis decisões após conquistar o mandato graças à vitória esmagadora do ANC nas eleições de 22 de abril.

Simpatizantes do ANC, usando camisetas, roupas e chapéus de Zuma, dançaram em círculos e gritaram hinos pela posse do presidente. Alguns deles seguravam cópias de manchetes de jornais em cartazes, com os dizeres: "Zoom. Zoom. Zuma."

Enquanto os sul-africanos respeitam o ANC por ter lutado contra o domínio branco, que acabou em 1994, eles estão cada vez mais impacientes com a crescente pobreza, a criminalidade e a epidemia de Aids, que Zuma prometeu combater.

"As necessidades deste país saltam aos olhos. Não há como ele ignorar as coisas que precisam ser feitas", afirmou Able Moshuhla, uma autoridade municipal.

Umas das tarefas mais difíceis de Zuma pode ser driblar os interesses de sindicatos e comunistas que o ajudaram a chegar onde está, com investidores temendo que ele incline a economia para a esquerda.

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