| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O mundo atual vive em uma atmosfera de graves problemas relacionados à organização e administração política. Podemos assegurar que esses problemas advêm do desequilíbrio entre a ciência política, que está aproximada da estagnação ou obscuridade, e os avanços tecnológicos, científicos ou culturais.

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A política, definida como a arte ou a ciência de governar, organizar, dirigir e administrar nações e estados em negócios externos e internos, nos conduz a refletir sua elevada realidade. É plenamente justificável a ideia de que a verdadeira política, nivelando-se à filosofia, ao buscar os mais altos ideais, ascende a todas as profissões, em virtude de suas possibilidades para criar leis e, consequentemente, reformar o mundo. É realmente algo grandioso, que nos apavora diante da figura de nosso homem público, comumente despreocupado, sem base técnica e idealística para assumir posição tão elevada. Os alicerces não devem ser mais profundos, quanto mais altos os edifícios? Reside aí a razão de inúmeros políticos fracassados, destruídos, verdadeiros “Neros” das civilizações.

Quem pensa defender uma causa sem conhecê-la plenamente raciocina superficialmente

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Aqueles que pensam defender uma causa sem conhecê-la plenamente raciocinam superficialmente, não atingindo as raízes do problema. É evidente que a inaptidão dos falsos políticos conduz à improvisação de métodos, os quais apenas raramente ou ocasionalmente atingem os objetivos previstos.

Diante dessa perplexidade, está a personalidade do profissional realizado, vocacionado, dotado de ideias brilhantes, refletindo a eficiência de um autêntico líder, ao afirmar: “Se eu fosse político, ultrapassaria barreiras objetivando um mundo melhor!” ou “Se eu fosse político, implantaria projetos!”

Daí a nossa sugestão de uma pós-graduação para políticos; um curso com duração de dois anos, em que seria exigida a apresentação de um projeto, pré-requisito para a matrícula no curso. Gradativamente seria organizado um plenário, objetivando apresentações, discussões e, consequentemente, aprimoramento das ideias apresentadas. Esse recurso seria fundamental aos candidatos a cargos políticos e administrativos, que não mediriam esforços para separar o joio do trigo.

Deusdith Laval Malucelli é licenciada em Pedagogia pela UFPR e concursada em Psicologia.