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Comemora-se hoje, nacionalmente, o Dia do Aposentado. A data foi instituída, por lei em 1981 e remonta a mais de um século de história, quando um apanhado de normas foram estabelecidas para dar assistência aos empregados dos Correios, pelos idos de 1888. Na sequência, de certa forma, foram estendidas aos funcionários da empresa ferroviária até alcançarem a maioria das classes trabalhadoras na década de 30.

De lá para cá muita coisa mudou, e o que até então era uma comemoração do direito de usufruir do período adulto mais frágil do ser humano hoje constitui-se quase um problema, pois são pouquíssimos os que conseguem ter qualidade de vida durante a aposentadoria. Parte disso ocorre pelo tipo de formatação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em que necessariamente as despesas do atual aposentado são custeadas por aqueles que estão trabalhando no mercado formal – que perde espaço para o mercado informal há muitos anos.

Como quase tudo na vida passa, em algum nível, pela educação, podemos aqui também afirmar que grande parte deste problema no Brasil se deve à falta de educação financeira e previdenciária que, em países do chamado primeiro mundo, foi implementada desde a pré-escola e deu outra visão para a população.

Infelizmente, não há solução sem o devido planejamento e investimento para tal. Um dado que reflete o conhecimento da população sobre esse tema é o fato de apenas 4% dos brasileiros em idade economicamente ativa terem planos de previdência complementar. No Paraná não é diferente. Aproximadamente 230 mil pessoas contam com previdência complementar, o que nos equipara ao índice nacional.

Temos de lembrar ainda que, a partir dos 60 anos de idade, a pessoa entra em uma faixa em que os gastos são expressivamente maiores com o plano de saúde e com medicamentos, por exemplo, e a condição física de trabalho diminui consideravelmente.

Mas existe, sim, luz no fim do túnel, pelo menos para quem dá a devida atenção ao tema. Porém, temos de levar em conta uma velha máxima nesse tipo de investimento. Quanto mais cedo, ou melhor, quanto maior for o tempo de contribuição, menor será o investimento mensal para se alcançar um melhor benefício final. Ou seja, não perca tempo!

José Luiz Costa Taborda Rauen é presidente da Associação dos Fundos de Pensão do Paraná (Previpar).

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