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O povo de Israel viveu mais uma tragédia dias atrás, quando cinco cidadãos israelenses (Avraham Shmuel Goldberg, os rabinos Aryeh Kupinsky, Kalman Ze’ev Levine e Moshe Twersky, e também o policial árabe-israelense Zidan Sif) foram assassinados a sangue frio no coração de nossa capital, a sagrada Jerusalém, por terroristas palestinos armados. As mortes de inocentes em um templo religioso são uma barbárie de proporção imensurável e geram consternação pelo mundo.

A comunidade internacional deve condenar esse ato terrorista e demonstrar que não há espaço para tamanha brutalidade e covardia em nossa sociedade. Os cidadãos de Israel, consternados, confiam que o governo israelense e as Forças de Defesa irão fazer o possível para proteger seu povo. Os culpados dessa monstruosidade não são apenas dois terroristas, mas também a liderança palestina que incita inutilmente o uso da violência para atingir metas políticas.

Infelizmente, esses radicais não reconhecem nosso direito de existência e querem apagar Israel do mapa. Os terroristas não conseguem imaginar um Estado palestino ao lado de Israel convivendo em boa vizinhança.

É verdade que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, condenou o ato terrorista, mas foi insuficiente e tardio se considerarmos todo o ódio que a Autoridade Palestina constantemente dissemina contra Israel. Vale lembrar que um assessor de Abbas, do Comitê Central do Fatah, glorificou o ataque à sinagoga e o classificou como um ato heroico. Toda essa ambiguidade nos faz perguntar: com quem o partido de Abbas quer se aliar? Com os moderados que desejam a coexistência pacífica ou com os radicais do Hamas e de outras facções terroristas?

Os inimigos da paz disseminam a cada dia o ódio contra Israel. Este ódio já está enraizado nas mentes e corações dos que glorificam esses dois terroristas como heróis. Pude, assim como outros israelenses que leem em árabe, constatar isso ao ler, nos últimos dias, os jornais palestinos, que estão cheios de palavras de ódio contra Israel. Repletos de incitação aos palestinos para praticar violência contra israelenses. Infelizmente, a disseminação do ódio se institucionalizou e tudo é feito de forma oficial, seja por autoridades ou pela própria mídia palestina.

A sociedade e o governo israelense estão determinados a continuar a luta contra o terrorismo. Não permitiremos que o radicalismo dite nossa forma de vida. Esperamos que uma verdadeira coalizão, composta por países que desejam a paz, incluindo as várias nações árabes que rejeitam o terrorismo, nos apoiem em busca de um futuro melhor.

Qualquer ser humano deve repudiar este atentado em Jerusalém. Locais de oração são santuários, e não alvos para carnificinas como a que vimos. Atos como esse não atingem apenas os israelenses ou os judeus, mas todas as pessoas de bem, sejam elas de Israel, do Brasil ou de qualquer outro país.

Gostaria de deixar claro que Israel é um Estado seguro e próspero, com lei e ordem, e continuará sendo o mais estável da região, um país democrático que respeita todos os povos e religiões. O sonho dos fundamentalistas de eliminar Israel nunca será concretizado.

Lior Ben Dor é ministro da Embaixada de Israel no Brasil.

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