Um cenário otimista para o Brasil de 2022| Foto: Pixabay
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O ano de 2022 reserva incertezas de ordem social, econômica e política, que já permitem um curto ensaio de previsão. Dois cenários aparecem como possibilidades para o Brasil ao longo do ano que chega.

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Um primeiro, otimista, combina uma transição política ocorrendo dentro da normalidade democrática, mediante uma eleição acompanhada por regras compartilhadas, independente, aceita pelos setores da sociedade, referendada pelas instituições e aceita pelos candidatos envolvidos.

Combinado a esse cenário de transição pacífica, o controle da pandemia no Brasil mantém as taxas atuais, sinalizando para números brandos de contaminação e mortalidade, sem o impacto de variantes agressivas, ou mesmo que escapem da resposta imune oferecida pela vacinação. Trata-se de um cenário de equilíbrio e de expansão da curva de possibilidades de produção.

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Dentro desse cenário otimista, tanto político quanto social, somam-se os indicadores macroeconômicos: inflação e juros.

Nessa perspectiva, a trajetória dos juros se eleva dentro da curva de equilíbrio, para se manter dentro do limite máximo da meta de inflação.

Já o segundo cenário, o pessimista, inverte as variáveis já descritas. O processo eleitoral ocorre de forma conturbada, seguido de contestação institucional ou, na pior das hipóteses, alguma forma de ruptura. A incerteza institucional impacta todas as variáveis econômicas e traz instabilidades para o ano pós-eleitoral.

Somado ao peso da instabilidade institucional, ocorre um descontrole das taxas de contaminação e mortalidade da pandemia, influenciadas pela penetração e disseminação de cepas virais que escapam às respostas vacinais dadas. Nessa projeção, a pandemia tem uma nova curva ascendente no Brasil, o que impacta diretamente o ritmo das atividades econômicas e traz o risco de um cenário de estagflação com uma taxa de juros alta.

Enfim, o que este ensaio de previsão procurou enfatizar é um horizonte otimista de transição política, econômica e social equilibrada, ou potencial deterioração dessas três dimensões para a população brasileira. Veremos.

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André Frota é professor de Relações Internacionais, Ciência Política e Geografia do Centro Universitário Internacional Uninter.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]