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Sim, é possível. A resposta para essa importante pergunta que tanto preocupa a sociedade contemporânea se baseia nos avanços científicos observados ao longo das últimas duas décadas. Durante este período, muitos estudos sugeriram a existência de fatores associados ao desenvolvimento e progressão desta moléstia e que podem ser controlados.

Sabe-se que a Doença de Alzheimer, descrita pela primeira vez por Aloysius Alzheimer em 1907, ao analisar um caso clínico de uma forma de demência denominadada pré-senil que acomete pessoas com menos de 60 anos, tem como seu principal fator de risco a idade, acometendo sobretudo os idosos com mais de 80 anos. E evitar o envelhecimento é impossível, pois se trata de um continuum inerente ao ciclo da vida.

Não obstante, estudos têm demonstrado a existência de outros fatores possíveis de serem prevenidos ou controlados e, com isso, há a chance ao menos de se retardar o surgimento e a progressão do Mal de Alzheimer.

Dentre esses, destacam-se os mesmos fatores de risco para as doenças cardiovasculares: hipertensão arterial, diabetes melito e tabagismo; além de doenças psicoafetivas como a depressão. Desta forma, o bom controle destes por meio de tratamentos específicos e regulares, além de hábitos de vida saudáveis como a prática de atividade física aerobica, cessação do tabagismo, moderação no consumo de bebidas alcoólicas, dentre outros, são certamente benéficos.

Cabe ressaltar aqui que alimentos considerados funcionais e neuroprotetores, como aqueles ricos em polifenóis – dentre eles o vinho tinto, além de outros abundantes em substâncias antioxidantes, como por exemplo o mirtilo, castanha do Pará e nozes –, da mesma forma que a famosa Dieta do Mediterrâneo, possuem seus efeitos benéficos comprovados. Quanto às vitaminas, principalmente aquelas com efeito de combate aos radicais livres podem ser de alguma valia, desde que haja situações de sua carência no organismo. Já para aquelas do complexo B não há tantos benefícios demonstrados.

Além disso, pesquisas recentes têm demonstrado que escolaridade elevada, atividades socioculturais, de relações sociais integrativas e de lazer que estimulem a atividade cerebral, como por exemplo leitura de livros da literatura clássica, pintura, idas frequentes a teatros e museus, assim como atividades de dança e música estimulam a formação de circuitos cerebrais (sinapses) e, desta forma, conferem proteção cerebral extra contra o declínio cognitivo. Sabe-se, também, que muito tempo perdido diante da televisão na meia-idade aumenta o risco de desenvolvimento de Alzheimer em cerca de 30%.

Desta forma, até que novos estudos científicos já em andamento sejam publicados sobre o tratamento curativo ainda inexistente, recomenda-se a todos que façam acompanhamento médico regular com especialistas da área a fim de serem devidamente instruídos para que possam levar a vida com lucidez, autonomia e independência como status de plena saúde por longo tempo.

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