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Em 1926, nos Estados Unidos, George Samuel Clason começou a lançar várias parábolas ambientadas na antiga Babilônia para ilustrar alguns conceitos muito importantes sobre educação financeira. Hoje é possível conhecê-las através do livro "O Homem Mais Rico da Babilônia", da Editora Ediouro.

Com conceitos como "faça o seu dinheiro crescer", "controle os seus gastos", "multiplique os seus rendimentos", "proteja o seu tesouro de perdas", dentre outros, sempre explicados de uma forma simples e rápida, e com exemplos "babilônicos", o autor passa suas importantes idéias que podem mudar completamente – e para melhor – sua vida e a de todos os brasileiros que vivem com a corda no pescoço.

Depois dele, vários outros autores escreveram sobre este tema, sempre incluindo suas opiniões e experiências. Dentre todos esses, entretanto, recomendo o livro "Pai Rico, Pai Pobre" de Robert T. Kiyosaki (Editora Campus), por conter também uma leitura rápida e simples passando outros conceitos muito importantes a respeito da "essência" do investimento. O autor descreve os ativos e passivos de uma maneira muito diferente daquela que costumamos aprender nos livros e cursos tradicionais. Para o autor, ativos são todos os bens e direitos que nos trazem renda (dinheiro) e passivos são aqueles que nos trazem despesas, ou seja, acabam com a nossa renda e reservas. Ao ler o livro você irá se deparar com situações em que passará a considerar o seu carro e outros bens como um passivo e não mais um ativo, conforme sempre descrevemos.

Este foi o primeiro livro sobre educação financeira que insisti para que minha esposa lesse. Embora relutante inicialmente, visto que não gosta do assunto, após começar a ler "devorou" o livro em poucas horas e, a partir daí, ficou muito mais fácil dialogar com ela a respeito de nossas economias e de nosso futuro. Lembro que na semana em que ela terminou de ler o livro fomos ao shopping e brincávamos de "taxar" os produtos que desejávamos adquirir como ativos e passivos, facilitando localizar o que era realmente necessário ou não ser comprado.

Acredito que lendo esses dois livros qualquer pessoa ou família poderá resolver o eterno dilema com que sempre nos deparamos: "Quanto mais eu ganho menos dinheiro tenho". Essas obras deveriam ser consideradas como leitura obrigatória em todos os nossos colégios e faculdades. Não só para leitura, mas também para se absorver seus conhecimentos e transmiti-los a filhos, irmãos e amigos.

Ricardo Borges é economista (www.ricardoborges.com).

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