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Até que enfim apareceram boas notícias no campo da educação.

Ao lançar o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o governo federal pôs o dedo na ferida: o mais urgente é melhorar a qualidade do ensino básico. Não basta que a escola ensine; é preciso que o aluno aprenda.

O PDE é um plano que tem o foco correto, ao propor que as crianças sejam avaliadas logo no início do ensino fundamental. É crucial saber como estão sendo alfabetizadas e fazer as correções rápidas e eficientes.

O plano contém medidas para manter os professores atualizados e melhor remunerados. Isso é crucial. Ninguém pode ensinar o que não sabe.

O PDE prevê recursos para melhorar os equipamentos escolares, indo desde a eletrificação de escolas até a informatização e preparação de material didático de boa qualidade.

Finalmente, o plano estabelece um sistema de reciprocidade entre as autoridades educacionais e os governantes locais: para obterem os recursos adicionais do MEC (cerca de R$ 8 bilhões até 2010), os municípios terão de cumprir uma série de exigências, sendo a principal delas, a melhoria da gestão das escolas.

Este é um ponto crucial. De nada adianta aumentar os recursos se não forem bem aplicados. O Brasil gasta bastante em educação, mas gasta mal. Com o mesmo milhão de reais pode-se educar mais crianças e com melhor qualidade.

O grande mérito do PDE foi o de reconhecer a prioridade do ensino fundamental e a necessidade de avaliar bem as crianças. Chega de promoção automática, que apenas empurra os problemas para frente. Os alunos serão testados a cada passo por meio do velho sistema de notas de 0 a 10 que funcionou bem para educar gerações e gerações.

O importante de tudo isso, é claro, é usar bem o resultado da avaliação. A cada fracasso constatado, há que se intervir imediatamente. E, nessa tarefa, será imprescindível o envolvimento efetivo dos diretores, professores, pais e governantes. No caso dos professores, oxalá, o governo encontre uma forma de atrelar prêmios aos que apresentarem os melhores resultados e sanções aos que preferirem a negligência.

O bom dessa notícia é que o governo se conscientizou que temos de começar pelo início da formação escolar. Vamos torcer para que as avaliações sejam adequadamente utilizadas e que as crianças passem a ser bem alfabetizadas para que possam enfrentar com sucesso as etapas seguintes. Parabéns ao governo federal pela bela iniciativa.

antonio.ermirio@antonioermirio.com.br

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