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Estamos revivendo diferentes momentos de greves em nosso país, nos questionando no tocante ao planejamento estratégico, ou melhor, falta ou a não efetividade dele. Ano após ano acontecem inúmeras greves, justas ou injustas, oportunas ou inoportunas, de forma correta ou inconsequente.

As greves estão relacionadas com o tema "recursos humanos" nos respectivos planejamentos estratégicos privados ou públicos. Não obstante, são relevantes os direitos dos trabalhadores das organizações privadas ou dos servidores públicos. Por outro lado, os direitos das organizações também são, bem como, os direitos dos cidadãos não diretamente envolvidos.

Uma das origens das greves privadas está na ausência ou na inadequada elaboração do Planejamento Estratégico da Organização pelo qual seus elaboradores não dão atenção oportuna para os "problemas, objetivos, estratégias e ações" dos recursos humanos e respectivas implicações. Da mesma forma, a participação dos trabalhadores (empregados) e dos sindicatos não é efetiva (por inúmeras e diferentes razões).

Nas organizações privadas os recursos humanos ou funcionários devem ser analisados (ou diagnosticados) e posteriormente planejados nas subfases objetivos, estratégias e planos de ações.

Uma das origens das greves públicas está no Planejamento Plurianual (PPA) para o qual seus elaboradores não dão atenção adequada para a alínea "folha de pagamento dos servidores públicos (federais, estaduais ou municipais)". E por outro lado, a participação dos cidadãos e dos sindicatos não é efetiva nas audiências públicas exigidas por lei. Dentre outras complexidades.

Nas organizações públicas e governos (federal, estadual e municipal) os recursos humanos ou servidores públicos devem ser analisados e planejados nos programas, objetivos e respectivas alíneas orçamentárias do PPA. Os respectivos PPAs devem respeitar as legislações pertinentes, em especial, o limite de 60% da arrecadação pública.

Em ambas as organizações, as greves devem ser consideradas como uma das ameaças no mapeamento ambiental (forças, fraquezas, ameaças e oportunidades) do Projeto de Planejamento Estratégico (privado ou público) as quais devem ser discutidas e geridas de forma competente e participativa entre todos os envolvidos.

Porém, não podemos deixar que os cidadãos sejam prejudicados com as greves, principalmente os menos favorecidos, por exemplo, carentes, deficientes, idosos, crianças e mães. É preciso se antecipar a esses fatos. Sem ações parciais, paliativas ou mitigadoras, e sim com planejamento estratégico abrangente, dinâmico, coletivo e participativo.

Sim, não é simples, indubitavelmente requer projetos efetivos e gestão inteligente.

Denis Alcides Rezende, pós-doutor em Administração Pública, é professor da PUCPR e consultor em planejamento privado e público.

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