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As exportações do Paraná em maio somaram US$ 1,5 bilhão, segundo cálculos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). As importações chegaram a US$ 872,7 milhões, gerando um superávit de US$ 686,7 milhões. Se comparado ao mesmo mês de 2015, as vendas para o exterior cresceram 20,9%. Sinal de que o mercado externo apresenta possibilidades ao setor produtivo, mesmo em um momento de crise. Internacionalizar pode ser uma maneira de tentar driblar a crise. E, mais que apenas trabalhar para atender a uma necessidade momentânea, olhar para outros mercados é a possibilidade de tornar uma organização mais competitiva.

Segundo estudo de 2015 da Fundação Dom Cabral, as empresas brasileiras estão em todos os continentes, em 100 países, com 81% delas distribuídas na América do Sul, seguido por América do Norte (70%) e Europa (36%). A pesquisa consultou 49 multinacionais brasileiras e 14 empresas que atuam no exterior via franquias. E revela crescimento no índice médio de internacionalização, de 22,9% em 2013 para 24,4% em 2014 – um aumento de quase 7% sobre 2013.

Ir a mercados internacionais atrás de oportunidades só traz benefícios a uma empresa

O levantamento mostra que a maior parte das empresas multinacionais analisadas – 59,6% delas – declarou que pretendia expandir, em 2015, sua atuação no exterior, em países nos quais já estão presentes; apenas 4,3% planejavam grandes expansões. Por outro lado, 34% das companhias se preparavam para manter estáveis as operações naquele ano, e somente 2,1% delas sinalizavam com planos de redução das operações internacionais.

Ir a mercados internacionais atrás de oportunidades só traz benefícios a uma empresa. Se bem executado, um programa de exportação fará sua empresa expandir negócios aqui e lá fora. Os argumentos a favor são inúmeros.

O mercado externo exige que o produto obtenha níveis de excelência em qualidade, não só na concepção final, mas também nos processos de gestão de pessoas e práticas ambientais; atuar no comércio exterior torna a empresa mais competitiva também no mercado interno. Além disso, ao internacionalizar uma empresa, o contato com novas tecnologias se torna natural. A exportação aumenta a competitividade de uma empresa, à medida que ela conhece ferramentas e processos empregados em novos mercados. Por fim, destinar parte da produção para o exterior, enquanto outra permanece sendo negociada localmente, oferece a uma empresa a possibilidade de ampliação da base de clientes, o que faz com que corra menos riscos, já que diminui a dependência de um único mercado, que pode vir a se fragilizar em qualquer oscilação econômica — algo que nos soa familiar.

O Centro Internacional de Negócios da Fiep trabalha para dar suporte às empresas nos processos de internacionalização por meio de encontros de negócios, consultorias, eventos e capacitações. Para exportar, não basta câmbio elevado e uma crise econômica interna que nos faça procurar alternativas em outros mercados; é preciso estar preparado para atender às demandas internacionais. Uma empresa que está pronta terá certamente horizontes mais positivos para traçar estratégias e projetar o futuro.

Reinaldo Tockus é gerente de Relações Internacionais e Negócio Exterior da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).
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