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A partir das 12 cidades-sede, os roteiros terão o desafio de abranger todo o país, incentivando a que o turista também visite estados que não sediarão jogos, ajudando a descentralizar os benefícios do evento para todo o território nacional

A responsabilidade de organizar uma Copa na América do Sul, 36 anos depois do mundial da Argentina, tem hoje um peso especial: estamos a mil dias da cerimônia de abertura – data a partir da qual o Brasil terá a maior exposição midiática da nossa história, já que nos 30 dias do evento serão veiculadas dezenas de bilhões de notícias sobre a nossa nação, em todos os recantos do planeta. Em um dia como esse, é desejável que se avalie o trabalho feito até agora e, principalmente, se reforcem os compromissos para que o país chegue a 13 de junho de 2014 como o melhor anfitrião dessa festa de todos os povos.

À Embratur, que trabalha na promoção da imagem do Brasil no exterior, cabe responder a pergunta: a mil dias da Copa, o que estamos fazendo e o que faremos para tornar a nossa imagem mais conhecida e desejada pelos turistas internacionais?

O trabalho realizado desde o redesenho da política do turismo, em 2003, conseguiu elevar em 25% o número de turistas estrangeiros e em 139% a entrada de divisas oriundas da atividade. Já podemos nos antecipar e afirmar que em 2011 teremos o melhor resultado da série histórica.

Contudo, em face do grande crescimento das viagens de brasileiros ao exterior, fruto da estabilidade econômica e distribuição de renda, ainda teremos déficit no segmento, o que conduz à meta de obtermos, com os megaventos, um salto no ingresso de turistas que reverta esse quadro, de modo sustentável.

Assim, visamos em 2014 à entrada de 7,2 milhões de turistas estrangeiros – dos quais 600 mil virão exclusivamente para acompanhar os jogos. Para chegar lá, o planejamento da Embratur prevê quatro fases, que vão da organização de novos conteúdos e estruturação de roteiros, tarefas em curso, até a competente execução de uma das especialidades nacionais: acolher os nossos visitantes com cordialidade e entusiasmo.

No momento estamos trabalhando na atualização de conteúdo especializado sobre os destinos e produtos turísticos, que servirão de base para a definição dos roteiros. A partir das 12 cidades-sede, os roteiros terão o desafio de abranger todo o país, incentivando a que o turista também visite estados que não sediarão jogos, ajudando a descentralizar os benefícios do evento para todo o território nacional.

No próximo ano, nosso esforço principal será na atração, fortalecendo a presença da marca Brasil, vinculando-a ainda mais à Copa, à Olimpíada e à Paraolimpíada. Faremos isso em todas as cerca de 50 feiras internacionais das quais participaremos no ano vindouro. Em Londres, durante os Jogos Olímpicos, será montada a "Casa Brasil", um espaço de promoção dos produtos e destinos brasileiros para formadores de opinião, jornalistas e para os turistas do mundo inteiro que ali estarão.

Em 2013, quando o Brasil sediará a Copa das Confederações, teremos a terceira fase, com foco maior na ativação da demanda turística. Todas as ações serão intensificadas, uma vez que os holofotes estarão fortemente voltados para o Brasil e a infraestrutura já estará em conclusão. Nesse momento, nosso objetivo será mostrar um país pronto para receber a Copa e os torcedores, com eficiência e alegria. Por fim, no ano da Copa, teremos ações de boas-vindas aos visitantes estrangeiros.

Durante todo esse período, a Embratur, em parceria com os estados e municípios, realizará nos mercados emissores vasta distribuição de material promocional, campanhas publicitárias, ações digitais interativas e atendimento à imprensa internacional para divulgação dos destinos turísticos.

Não temos dúvida de que, daqui a mil e trinta dias, no dia da final da Copa, além do esperado sucesso da nossa seleção, teremos um grande legado para as próximas gerações: a imagem do Brasil estará consolidada como uma nação que está pronta para ser uma das cinco maiores economias do planeta.

Flavio Dino, presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal.

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