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| Foto: Felipe Lima

Passado pouco mais de um ano desde a adesão da UFPR à Ebserh, o que mudou na situação do maior hospital público do Paraná? Estamos quase na metade do período de transição administrativa entre o modelo de gestão anterior e o novo modelo de gestão compartilhada entre a Ebserh e a UFPR, período este que começou em 22 de janeiro de 2015 e deve durar cerca de dois anos.

Em 2015 ocorreu o maior concurso da história do hospital, para a admissão de 1.775 novos funcionários

Flexível para quem?

Mais de um ano após a aprovação da adesão do HC/UFPR à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (adesão esta que ocorreu de forma turbulenta e questionável em 29 de agosto de 2014), pouca coisa mudou para melhor dentro do Hospital de Clínicas.

Leia o artigo de Bernardo Pilotto, assistente administrativo do HC.

O Hospital de Clínicas (HC) e a Maternidade Victor Ferreira do Amaral (MVFA) passaram a trabalhar de maneira integrada do ponto de vista administrativo, assistencial e do ensino, agora sob a denominação de Complexo do Hospital de Clínicas (CHC). A instituição do complexo permitiu uma organização do atendimento materno-infantil em todas as linhas de cuidado. À MVFA coube o atendimento integral e universal a gestantes de risco habitual e seus recém-nascidos das redes de assistência Mãe Curitibana e Mãe Paranaense dentro dos princípios da Rede Cegonha do Ministério da Saúde. À Maternidade Central do HC coube o atendimento aos casos mais complexos.

Por longo período a instituição enfrentou falta de reposição de recursos humanos, causando prejuízos à assistência e grande desmotivação do seu quadro funcional. Este era o principal motivo da crise crônica que o HC vivia ao longo dos anos. No intento de resolver definitivamente este problema, em 2015 ocorreu o maior concurso da história do hospital, para a admissão de 1.775 novos funcionários para todo o Complexo. Ao todo, ingressaram neste ano 249 médicos, 40 enfermeiros, 90 técnicos de enfermagem, um técnico de segurança do trabalho, três advogados, um psicólogo e quatro assistentes administrativos. O CHC conta atualmente com 3.183 pessoas e, no processo de transição, faltam ingressar ainda 1.397 classificados no concurso.

O ingresso desses servidores possibilitou a colocação em funcionamento a pleno da unidade de processamento de materiais esterilizados para todo o CHC; a abertura de duas novas salas do Centro Cirúrgico Central; a abertura parcial do Centro Cirúrgico Ambulatorial; a inauguração da nova enfermaria da Clínica Cirúrgica; a reestruturação de todo o serviço de Anestesiologia; a retomada das cirurgias cardíacas; a reestruturação e reinício das atividades da cirurgia vascular; a inauguração do Serviço de Cirurgia Oncológica; a reestruturação de todos os serviços médicos da MVF; a implantação do Núcleo Interno de Regulação, que ira regular constantemente (quando em pleno funcionamento) a disponibilidade de leitos, consultas e controle das filas; a abertura de 14 leitos nos setores de UTI Adultos, oito leitos de UTI Cirúrgica e 14 leitos nas áreas de UTIs Pediátricas.

A organização apresenta melhorias em um curto espaço de tempo, mas continua a enfrentar dificuldades para atingir a sua sustentabilidade financeira. Com a adesão à Ebserh, o CHC passou a ter a perspectiva do aporte necessário de recursos humanos para seu pleno funcionamento e expansão de diversos serviços, mas novas realidades se apresentam como desafios. O CHC-UFPR está preparado e motivado, principalmente nas linhas de frente, para conduzir esse processo de mudança e expansão.

Flavio Saavedra Tomasich é superintendente do Complexo Hospital de Clínicas.
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