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Talvez uma das discussões mais interessantes seja a travada por estudiosos a respeito do principal objetivo das empresas. Cientistas evocam a função social da empresa. Para eles, as empresas existem, principalmente, para gerar benefícios à sociedade, seja pela produção ou oferta de bens e serviços, seja pela abertura e manutenção de empregos, ou, ainda, pela geração de impostos. Contabilistas podem elencar, como objetivo central da empresa, o aumento do patrimônio dessa entidade particular ou mesmo a geração de lucro. Afinal, a contabilidade existe para medir o patrimônio e sua evolução. Então, as empresas existiriam para acumular mais e mais patrimônio. Não há como negar que os bancos gostam muito desta definição, pois, afinal, é de se esperar que os banqueiros trabalhem com a ideia de que o bom crédito é o crédito bem garantido, com hipoteca de preferência.

Em finanças ou administração financeira, o objetivo empresarial é, sem controvérsias, assim definido: maximizar a riqueza dos donos da empresa. É para enriquecer que o empreendedor corre riscos. É para enriquecer e ter melhores condições de vida que todos trabalham. E é para ficar mais rico que o país quer ter maior crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB) com sustentabilidade.

Essa é a motivação, sem deixar de lado os ensejos pelos quais todos buscam as melhores condições para uma vida plena. E é com esse objetivo de enriquecer na administração de seu negócio, seja ele qual for, seja o empreendedor rural familiar, seja o acionista majoritário de uma multinacional, que o empresário toma três tipos de decisão: de investir na produção, no aumento da área de vendas, em maquinários, no melhor insumo, no crédito a clientes, em pessoas; quanto aos recursos com que vai investir – recursos dos próprios lucros, da venda de bens, dos sócios ou de novos sócios, de empréstimos bancários de curto prazo, de financiamentos de longo prazo, de financiamento com fornecedores, ou parcelando impostos; e de quanto e como vai distribuir para si próprio os ganhos obtidos no negócio, seja para sustentar sua família, seja para investir em outros negócios, seja para desfrutar de merecido descanso, sem prejuízo, como sempre, de sua atividade empresarial.

A partir desse tripé, as decisões tomadas com o objetivo de ganhos consistentes, sustentáveis e de longo prazo é que determinam estrategicamente a maior probabilidade de sucesso de um empreendedor.

Um banco como o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) – instituição financeira pública de fomento controlada pelos governos dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul –, focado no avanço sustentável da economia paranaense, tem claro ao analisar crédito e projetos de investimento que essa é a dinâmica empresarial: o empresário busca crédito para investir em seu negócio porque quer ganhar mais, sempre e com sustentabilidade. E o BRDE quer financiar este empresário porque é esse empreendedor que gera maior crescimento e competitividade na economia, gera mais emprego, mais impostos, mais renda e tudo isso por um longo prazo.

Paulo Cesar Starke Junior, mestre em Finanças, é superintendente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) no Paraná.

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