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O candidato eleitoralmente mais provado para a campanha do Palácio Iguaçu em 2010 é o senador Osmar Dias. Por quê? Porque no pleito anterior, de 2006, para governador, ele obteve 49,9% dos votos válidos, isto é, 2.658.132 sufrágios, perdendo para o governador Roberto Requião por apenas 10.479 votos.

A apuração transmitida por rádios e televisões foi emocionante, alternando na vitória os dois nomes, até que as derradeiras urnas determinaram o resultado.

Quem votou em Osmar Dias em 2006 não deve ter motivos para mudar sua escolha em 2010, pois ele manteve sua atuação em defesa dos interesses populares e a compostura ética característica de sua personalidade. Presidente do PDT no Paraná desde 2003, ele é o líder da bancada no Senado reconduzido para o biênio 2009/2010. Vice-líder da bancada do governo Lula na Câmara Alta, recentemente noticiou-se que o presidente irá convidá-lo para a liderança.

Tem sido bem bem visto pela opinião pública o empenho do senador Osmar Dias para pôr fim à absurda multa mensal que atinge o erário estadual considerado inadimplente por descumprir regras da abominável privatização do Banco do Estado do Paraná (Banestado). presidente da Café do Paraná (governo José Richa) e secretário da Agricultura nos mandatos de Alvaro Dias e Requião, Osmar deixou realizações que ainda rendem frutos à economia agrícola paranaense, com destaque para os Programas Paraná Rural, que instituiu o manejo integrado do solo e água; Melhoramento Genético Animal, que resultou na melhoria e expansão da nossa pecuária; e Crédito Equivalência Produto, em que os empréstimos eram quitados com base no valor de mercado do bem financiado.

Coube-lhe implementar a citricultura industrial no Paraná, negociando recursos diretamente com o Banco Mundial, cabendo relembrar que era proibido plantar laranja devido a incidência do cancro cítrico.

Osmar Dias prestigiou o fortalecimento das cooperativas do Paraná, o que lhe valeu receber o Prêmio Cooperativismo do Ano em 1989 e a Medalha do Mérito Cooperativista – Ocepar (2000).

Em 2008, o PDT apoiou Beto Richa para prefeito e o normal seria que em retribuição as mesmas forças se aglutinassem novamente em torno de Osmar Dias para governador. Há porém dificuldades a serem vencidas: o PSDB disputará a presidência da República com José Serra ou Aécio Neves, e o PDT tem como opções lançar novamente Cristovam Buarque e acompanhar Dilma Rousseff ou Ciro Gomes.

De qualquer forma, Osmar Dias está em situação privilegiada. O PP, o DEM e o PPS poderão apoiá-lo para viabilizar seus pretendentes ao Senado – Ricardo Barros, Abelardo Lupion e Rubens Bueno.

O presidente Lula em entrevista recente manifestou simpatia pela candidatura a governador de Osmar Dias e o ministro do Planejamento Paulo Bernardo, marido da presidente do PT do Paraná, Gleisi Hoffman, sorri com a ideia pensando no Senado.

É esperar para ver o que acontece.

Léo de Almeida Neves é membro da Academia Paranaense de Letras, ex-deputado federal e ex-diretor do Banco do Brasil.

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