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Não há dúvidas de que os vigilantes são uma categoria unida e honrada, e todos os anos verdadeiros embates são abertos por esses trabalhadores em busca de um reajuste digno em seus salários. No ano de 2013 não foi diferente: foram seis dias de paralisação e a categoria conquistou o direito do adicional de periculosidade de 30%, além do índice de inflação no salário e no vale-alimentação, totalizando um reajuste de 21,76% para toda a categoria no estado.

Em 27 de março, um artigo publicado na Gazeta do Povo sobre o direito de greve e o abuso da paralisação usou como exemplo a greve dos vigilantes, alegando que muitos trabalhadores eram obrigados a saírem de seus postos e outros trabalhavam à paisana. O sindicato vem esclarecer que o trabalho "à paisana" é crime; nenhum vigilante pode trabalhar sem estar identificado, pois isso fere a Lei 7.102/83 e as regulamentações impostas pelo Ministério da Justiça através da Polícia Federal. Os trabalhadores que não aderiram à greve foram respeitados; eles eram convidados a participar da manifestação pacificamente, em busca de conquistas para toda a categoria.

O papel do sindicato é de lutar pelo direito do trabalhador e o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região agiu na forma da lei e fez uma greve legal, para garantir um reajuste justo para a categoria. A busca pelo aumento de salário sempre é feita de maneira responsável pelos verdadeiros trabalhadores vigilantes, que lutam, ano a ano, por um direito garantido por lei, mas negado por seus empregadores.

O direito de greve é a suspensão coletiva, temporária e pacífica de prestação de serviços ao empregador, garantido pela Constituição Federal e pela Lei n.° 7.783/89. A categoria dos vigilantes sempre fez questão de usar esse direito, já que o setor rendeu só no ano de 2012 mais de R$ 25 bilhões. Neste ano, a Copa das Confederações vai contratar mais de 50 mil vigilantes em todo o Brasil; na Copa do Mundo de 2014 haverá um vigilante para cada 100 torcedores nos estádios. A categoria passou a ser regulamentada como atividade complementar à de segurança pública, como diz a Portaria DFP n.° 3233/12.

O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região defende uma ação pacífica e ordeira em nossas paralisações; sempre estamos preocupados com a categoria e com toda a comunidade. Em 2012, através da nossa pesquisa nacional de ataques a banco, foram feitas várias ações para amenizar os riscos que a utilização de explosivos em arrombamentos de caixas eletrônicos traz para a sociedade. Estamos sempre em defesa da vida humana, da valorização da vida e da valorização profissional.

Marcela Alberti é assessora de comunicação do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região.

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