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É uma honra ser o prefeito de Curitiba no momento em que nossa cidade completa 320 anos. Isso só aumenta nossa responsabilidade com o futuro de todos que vivem e trabalham aqui. Administrar a cidade onde nasci, além de um desafio, é uma missão. Sempre me preparei para esse momento e quero dedicar os melhores dias da minha vida a esta caminhada.

É tempo de comemorar, homenagear os personagens que ajudaram a construir a história da capital paranaense, e também de planejar o futuro. E o futuro de Curitiba passa, obrigatoriamente, pela integração com os municípios vizinhos. Impossível hoje planejar a capital de forma isolada. Todos os dias, as atividades profissionais, o estudo e as ligações pessoais motivam o deslocamento de milhares de habitantes da região metropolitana para cá. Da mesma maneira, moradores de nossa cidade fazem o caminho inverso.

Oficialmente, Curitiba e os municípios da região têm gestão compartilhada na área da saúde, no transporte coletivo e na coleta e destinação do lixo. Porém, ao longo das décadas, a integração metropolitana rompeu essas barreiras e se concretizou em todas as áreas. Não se trata de dependência econômica ou transferência de responsabilidades.

A integração independe da vontade de governantes. É uma tendência que precisa ser respeitada e, principalmente, administrada com responsabilidade. Prefeituras e governo do estado devem atuar em parceria para que os mais de 3 milhões de habitantes de Curitiba e região metropolitana tenham acesso a serviços públicos de qualidade.

Não há espaço para irresponsabilidades na sociedade do conhecimento e da informação, na qual a imprensa e as redes sociais são poderosos canais de cobrança e fiscalização. Interesses políticos não podem se sobrepujar aos interesses da coletividade. É por isso que insistimos no diálogo e na busca do entendimento.

Desde que assumimos a administração municipal, no início do ano, temos participado de reuniões da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Assomec) e provocado o diálogo sobre temas de interesse compartilhado. Pela primeira vez na história, municípios vizinhos foram convidados a participar do debate para definição da nova tarifa da Rede Integrada de Transportes (RIT). Nesse encontro, 12 das 14 prefeituras que compõem a RIT assinaram manifesto – encaminhado ao governo do estado – em defesa da integração metropolitana e da manutenção do subsídio.

É pioneira também a iniciativa da Fundação de Ação Social (FAS) de incluir os gestores da área de assistência social dos municípios da região metropolitana no debate das políticas públicas sociais. Nos próximos meses, encaminharemos a solução para a questão do lixo, que está sendo atendida paliativamente desde o fechamento do aterro da Caximba. A atual licitação se arrasta, sem desfecho, desde 2008.

Também apresentaremos novidades para melhorar a qualidade dos serviços da RIT e da saúde. Atualmente, cerca de 30% do total de consultas especializadas feitas em Curitiba são destinadas a pacientes não residentes na capital.

Portanto, é inegável a importância de Curitiba neste processo de integração. Mas a reponsabilidade é de todos. A qualidade de vida dos moradores da capital passa diretamente pelo bem-estar de nossos vizinhos.

Comemoramos os 320 anos de nossa cidade com os olhos voltados para toda a região. Viva a Curitiba sem fronteiras!

Gustavo Fruet é prefeito de Curitiba.

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