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Soldados talibãs em Cabul, capital do Afeganistão.
Soldados talibãs em Cabul, capital do Afeganistão.| Foto: EFE

Para começar este resumo de notícias. Após quase 20 anos, o grupo fundamentalista islâmico Talibã retomou o poder no Afeganistão no último domingo (15). Uma situação que mexeu não apenas com o país asiático, mas que repercutiu em toda a política internacional. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou sobre a decisão de manter a retirada das tropas americanas do país, algo que havia sido iniciado pelo seu antecessor, Donald Trump. Biden acusou os líderes afegãos de serem coniventes e disse que os americanos não deveriam lutar nessa guerra.

Trajetória. O Talibã surgiu em 1994, na época da guerra civil no Afeganistão. Isabella Mayer de Moura relembra a trajetória do grupo até retomar o poder. Para o especialista em segurança nacional James Carafano, os EUA erraram no Afeganistão ao “construir a nação”.

Vítimas femininas. Desde que tomou o poder no Afeganistão, o Talibã implementou a lei islâmica em sua versão mais rígida, impedindo uma série de restrições às mulheres. Maria Clara Vieira explica por que são elas as grandes vítimas da retirada americana do país.

Nossa visão  

Colapso afegão. No último domingo, helicópteros norte-americanos realizavam a evacuação da embaixada do país em Cabul, enquanto o Talibã ocupava a capital afegã, encerrando uma campanha de conquista rápida e vitoriosa ao mesmo tempo em que duas décadas de invasão norte-americana no país asiático terminavam da forma mais desastrosa possível para os que tiveram a sorte de escapar, e especialmente para os que ficam, novamente submetidos ao jugo de extremistas islâmicos. Tema para o nosso editorial: O colapso do Afeganistão.

O erro crucial de Joe Biden foi seguir adiante com os planos quando já estava evidente que o vácuo deixado pela saída norte-americana seria rapidamente ocupado pelo retorno de um extremismo islâmico nada disposto a cumprir os termos combinados em 2020, com todas as catastróficas consequências que isso teria, especialmente para os afegãos que não compartilham das convicções dos talibãs – sem falar daqueles que chegaram a colaborar com os norte-americanos ou com o governo afegão apoiado pelos EUA, e que agora estão marcados para morrer.

Utilidade pública

Esportes com público. O governador de São Paulo, João Doria, confirmou que vai liberar a presença nos estádios de futebol do estado a partir de 1º de novembro. Doria também anunciou para novembro o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, com capacidade total de público.

Segunda dose. Mais de 3 milhões de pessoas podem ficar sem a segunda dose da vacina da AstraZeneca no Brasil. Dados do Ministério da Saúde indicam que a previsão de doses a serem entregues entre agosto e setembro é insuficiente para atender a demanda. Uma pesquisa da Fiocruz aponta que crianças menores de 2 anos representam metade das que morreram por Covid-19.

Atualização. O Brasil registrou mais 434 mortes por Covid-19 e 14.471 novos casos da doença, segundo dados do Ministério da Saúde. Ao todo, o Brasil já contabiliza 20.378.570 diagnósticos positivos e 569.492 óbitos. Quanto à vacinação, foram imunizados 115.009.359 com a primeira dose e 49.629.214 com a segunda.

Política e economia

Bolsonaro X STF. O presidente Jair Bolsonaro anunciou a intenção de pedir ao Senado o impeachment dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Saiba quantos pedidos dessa natureza já tramitam na Casa e também como o STF planeja reagir caso Bolsonaro confirme a iniciativa. O líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que o Judiciário está “esticando a corda”.

Lei de Segurança Nacional. Aprovada pelo Congresso na semana passada, a nova lei dos crimes contra o Estado Democrático de Direito aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro. Caso isso aconteça, deixam de existir todos os processos baseados na Lei de Segurança Nacional. Renan Ramalho explica como isso afeta o presidente, seus aliados e críticos.

O que mais você precisa saber hoje

Indústria. Falta de insumos supera carga tributária e vira maior entrave à retomada da produção

No Congresso. Projetos buscam ampliar proteção a animais e torná-los sujeitos de direito similar ao das crianças

Caso WhatsApp. O que falta para o TSE julgar as ações que pedem a cassação de Bolsonaro

Dicas. Como evitar doenças respiratórias dentro de casa no inverno

Colunas e artigos

Escalada autoritária. Quem vai impor limites à escalada autoritária do STF? Esse foi o principal questionamento em debate na edição desta semana do programa Hora do Strike, que contou com a participação do jornalista Luís Ernesto Lacombe. Madeleine Lacsko usa as postagens do embaixador da China no Brasil para comentar a postura do governo do país em relação às redes sociais.

Para inspirar

A “madrinha” do móvel moderno. Quando o Brasil só tinha olhos para móveis de estilo, Gisèle Schwartzburd vendeu seu único bem para poder investir no negócio de mobiliário moderno. E, assim, se tornou a “madrinha” do segmento no Brasil. Luan Galani, da Haus, conta a história de Gisèle e a importância do seu trabalho. Tenha um bom dia e uma ótima semana!

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