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Presidente Jair Bolsonaro: “chega de mimimi”.| Foto: Marcos Correa/PR

Para começar este resumo de notícias. O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, nesta quinta-feira (4), as medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores para enfrentar aquele que é o pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil. Um dia após o país registrar um novo recorde no número de óbitos causados pela doença, o presidente disse lamentar as mortes, mas que é preciso “enfrentar os problemas”. “Nós temos que enfrentar nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades. Mas onde vai parar o Brasil se só pararmos? Até quando vão ficar dentro de casa, até quando vai se fechar tudo? Ninguém aguenta mais isso”, disse Bolsonaro.

Vacinas. Em sua live semanal, Bolsonaro disse que o Brasil irá receber “no mínimo” 20 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 em março e outras 40 milhões em abril. Nessa conta não estão as 138 milhões de doses da Pfizer e da Janssen, cuja compra foi anunciada pelo Ministério da Saúde na quarta e que deverão chegar ao país a partir de junho.

Lockdown. Bolsonaro já havia afirmado que, se depender dele, o país jamais terá um lockdown. Mas, afinal, quais os limites que o Estado tem para restringir atividades e a circulação de pessoas? Leonardo Desideri ouviu especialistas e traz as respostas para esses questionamentos.

Utilidade pública

Longe da escola. Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aponta que, em todo o mundo, cerca de 168 milhões de crianças ficaram fora da escola por quase um ano por causa da pandemia do coronavírus. Ainda de acordo com o relatório, 214 milhões de crianças perderam três quartos de suas aprendizagens nesse período, sendo que muitos desses meninos e meninas correm o risco de não retornar para as escolas. O Unicef destaca também outras consequências negativas do fechamento dos colégios e, diante disso, pede aos governos que priorizem a reabertura das escolas e a volta às aulas com protocolos de segurança.

Novas variantes. Cientistas brasileiros comprovaram, pela primeira vez, a infecção simultânea por duas variantes do novo coronavírus. Eles alertam que o grande risco da coinfecção é a recombinação dos genomas das linhagens presentes no organismo. O processo poderia gerar novas variantes, que poderiam ser mais agressivas ou transmissíveis. Em Minas Gerais, foi identificada uma reinfecção provocada por uma linhagem que ainda não havia sido detectada no Brasil e circula desde outubro de 2020 nos Estados Unidos. Pesquisas indicam ainda que pessoas com a imunidade comprometida e infectadas por muito tempo acumulam mutações.

Atualização. O Brasil registrou entre quarta (3) e quinta-feira (4) mais 1.699 mortes causadas pela Covid-19. Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, foram confirmados ainda 75.102 novos casos da doença. Ao todo, o Brasil já contabiliza 10.793.732 diagnósticos positivos, com 260.970 óbitos e 9.637.020 recuperados.

Política e economia

Liberdade econômica. Depois de 15 anos despencando no Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, publicado pela Gazeta do Povo em parceria com o Instituto Monte Castelo desde 2017, o Brasil registrou uma pequena melhoria em 2020. Porém, voltou a perder pontos no ranking em 2021, ainda que tenha galgado uma posição. Maria Clara Vieira traz os detalhes desse levantamento, que relaciona 178 países, classificados como “livre”, “majoritariamente livre”, “moderadamente livre”, “quase reprimido” e “reprimido”. O Brasil aparece na 143ª colocação, atrás de países como China e Arábia Saudita. Saiba o que isso representa e por que estamos nessa posição.

PEC Emergencial. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pretende colocar em votação já na próxima semana a PEC Emergencial, proposta de emenda à Constituição que vai garantir o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial. Nesta quinta, o Senado concluiu a votação do texto e aprovou, por 62 votos a 14, o texto-base da PEC. Pela proposta, o pagamento do auxílio emergencial em 2021 será limitado ao custo de R$ 44 bilhões, a pessoas que perderam renda por causa da pandemia. Uma medida provisória definindo as regras será editada após a promulgação, mas o benefício deve ficar limitado a quatro parcelas, entre R$ 150 e R$ 375.

Giro pelo mundo. A América Latina atingiu em 2020 índices de extrema pobreza que não eram observados há 20 anos. Um estudo conduzido pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) estima que 78 milhões de pessoas na região não dispõem de recursos suficientes para atender suas necessidades básicas de alimentação. Isso representa 12,5% da população. Nos Estados Unidos, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta um projeto de lei que visa expandir a participação de votantes nas eleições do país, permitindo que a votação por correio seja ampliada e se reduzam os requisitos para identificação do eleitor.

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Legislativo. Promessas de “corte na carne” para financiar combate à pandemia fracassam no Congresso

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Colunas e artigos

Tratamento precoce. Muito se discute sobre o tratamento precoce contra a Covid-19, que divide médicos e sociedade, causando confusão nas pessoas. Em sua coluna, Cristina Graeml aborda essa controvérsia e defende que a guerra contra o tratamento precoce fere o direito à autonomia médica. Entenda o porquê. No campo político, a maioria dos liberais dos Estados Unidos tornou-se de esquerda. Mas é possível, sim, diferenciar quem é liberal e quem é esquerdista. Para isso, o colunista Dennis Prager, do Daily Signal, propõe 32 perguntas cujas respostas vão indicar em qual vertente a pessoa se enquadra.

Nossa visão  

Brasil recua. Em sua primeira aparição internacional como presidente da República, Jair Bolsonaro prometera, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que o Brasil chegaria a 2022 entre os 50 melhores países para se fazer negócios. Mas um indicador de liberdade econômica, o índice da Heritage Foundation, mostra que o país não avançou rumo ao objetivo traçado por Bolsonaro em janeiro de 2019, aparecendo em uma medíocre 143.ª posição. Tema para o nosso editorial: A liberdade econômica recua no Brasil.

Os problemas brasileiros já são bastante conhecidos e se repetem ano após ano nos índices do Banco Mundial e da Heritage Foundation, apenas reforçando a noção de que o grande problema brasileiro não é o desconhecimento de suas fraquezas, mas a incapacidade de agir para saná-las.

Para inspirar

Mulheres entregadoras. Com o negócio de recepção de eventos afetado pela pandemia, duas empreendedoras de Curitiba decidiram apostar em outro ramo, o das entregas de moto e carro. A nova empreitada, porém, tem um diferencial: é feita apenas por mulheres. Com mais de 7,5 mil entregas realizadas em 2020, a Única Entrega mira agora no crescimento nacional. Carlos Coelho, da coluna Paraná S/A, conta essa história de sucesso. Aproveite o fim de semana para colocar suas leituras da Gazeta do Povo em dia!

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