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Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro: suspeita de coronavírus.| Foto: SERGIO LIMA/AFP

Para começar esse resumo de notícias. Nesta segunda-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro sentiu sintomas associados à Covid-19 e realizou um novo teste. Ele teve contato com pelo menos seis ministros. O resultado do exame deve sair até o meio-dia desta terça (7), mas até o fim da noite ele estava em “bom estado de saúde”, segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência.

Coronavírus na economia. Antes de ir ao hospital fazer exames, Bolsonaro avisou que sancionou a prorrogação do programa que permite suspender contratos e reduzir jornada e salários na iniciativa privada. Empregadores que já aderiram ao programa poderão suspender contratos de funcionários por mais 60 dias e reduzir a jornada e o salário por mais 30 dias. Contudo, ainda é preciso um decreto presidencial para isso.

“Dinheiro sobrando”. Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), o governo vai gastar menos do que o previsto com essas ações de manutenção do emprego, que tiveram origem com a criação da Medida Provisória 963, em abril. Isso deve ocorrer porque menos da metade da adesão prevista foi atingida. De Brasília, a correspondente Jéssica Sant’Ana mostra os cálculos do governo: quanto o governo ainda tem para gastar com o programa de redução de salários e suspensão de contratos.

Utilidade pública

Atualização. Entre domingo (5) e segunda (6), o Brasil registrou mais 20.229 casos e 620 mortes devido ao novo coronavírus (veja os últimos dados). Como revela reportagem de Fernanda Trisotto, o Brasil pode ter atingido um platô de óbitos, mas não de novos casos. Aproveite ainda para ler no texto de Camila Abrão por que existe o risco de municípios pararem de divulgar dados da Covid-19 nas redes sociais antes das eleições.

Reabertura e vacina. A capital paulista iniciou a reabertura parcial de bares, restaurantes e salões de beleza nesta segunda-feira (6). Confira as regras de abertura e os horários de atendimento. Também de São Paulo vem outra informação: o Instituto Butatan está recrutando voluntários para iniciar os testes da vacina chinesa CoronaVac para a Covid-19; saiba mais. Os testes iniciam dia 20 de julho com 9 mil voluntários em cinco estados e no Distrito Federal. Confira ainda um status da corrida pela produção de uma vacina contra o coronavírus.

Testes de farmácia, cloroquina e assintomáticos. Editor de Saúde da Gazeta do Povo, Adriano Justino esclarece: o teste rápido de farmácia da Covid-19 serve para quem? Além do teste, uma novidade sobre a hidroxicloroquina: um estudo sugere benefícios nas 48 horas de sintomas; entenda. Por falar em pesquisas, a editora Helen Mendes apresenta o papel dos assintomáticos na cidade italiana que testou quase toda a população.

Minuto coronavírus

Política e economia

Reforma tributária. As discussões sobre o tema voltaram e o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo tem uma proposta pronta. Leia na reportagem de Giulia Fontes quais são as mudanças esperadas na reforma tributária. Secretário da Receita Federal, José Tostes disse ainda que a proposta do governo federal pode retirar benefícios e incentivos no Imposto de Renda.

Dinheiro em caixa. A União já economizou R$ 200 milhões com a redução de viagens de servidores durante a pandemia, inclusive nas viagens do presidente e ex-presidentes, confira no texto de Lúcio Vaz. O país também pode conseguir dinheiro extra até o fim do ano: o ministro Paulo Guedes prometeu “quatro grandes privatizações” em até 90 dias.

Por outro lado... Relatório Contábil do Tesouro Nacional, divulgado nesta segunda-feira (6), mostra uma gastança: a União gasta 17 vezes mais com os militares inativos e pensionistas do que com os aposentados civis, leia na reportagem de Jéssica Santana, de Brasília. E há menos dinheiro entrando no Brasil via EUA: as medidas protecionistas impactaram as exportações brasileiras em US$ 1,6 bilhão. Outro problema vem da China, que suspendeu as exportações de carne suína de unidades da BRF e JBS por surtos de Covid-19 em frigoríficos.

Giro pelo mundo. Na Argentina, Fabián Gutierrez, um ex-secretário de Cristina Kirchner, foi encontrado morto e enterrado com sinais de tortura. No vizinho Peru, o congresso aprovou o fim da imunidade parlamentar. Já no Oriente, além da Covid-19, novos  casos de peste bubônica colocaram a China em alerta. O país também age politicamente após promulgar uma nova Lei de Segurança Nacional: livros pró-democracia foram removidos de bibliotecas públicas em Hong Kong e um professor crítico ao governo comunista foi preso. Do lado da política externa, China e EUA intensificaram atividades militares no Mar Meridional.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Debates pandêmicos. Em sua nova coluna na Gazeta do Povo, o escritor Guilherme Fiuza apresenta a Súmula do Moralismo Epidemiológico. Em artigo no portal Foundation for Economic Education, Jon Miltimore apresenta a visão de um epidemiologista de Stanford: ele diz que isolar populações inteiras é um erro. Já o ecólogo Robson Capretz e a oceanógrafa Liziane Ceschim Alberti trazem ao debate a biodiversidade marinha no mundo pós-Covid.

Debates históricos. No novo podcast Ideias, da Gazeta do Povo, nosso time lembra por que, 26 anos depois, é preciso relembrar a importância do Plano Real. E já que o tema é história, lançamos aqui a pergunta: Quem matou mais: Adolf Hitler, Josef Stalin e Mao Tsé-tung. Eis a resposta no texto de Tiago Cordeiro. Já o colunista Flavio Gordon traz o último texto da série Comunismo e Globalismo. Veja os demais artigos da série.

Nossa visão

Abuso de poder religioso. No fim de junho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou a análise de um processo em que uma pastora é acusada de utilizar sua posição em uma igreja local para angariar votos. O relator do caso, o ministro Luiz Fachin, usou o caso para defender que “abuso de poder religioso” seja razão para cassação de mandato. Essas declarações são preocupantes. Confira em nosso editorial: “Abuso de poder religioso”, o crime eleitoral inexistente.

É verdade que, em teoria, é possível que pregadores religiosos (assim como professores, líderes comunitários e empregadores), utilizem artifícios inaceitáveis para obrigar eleitores a votar em um determinado candidato - sob pena, por exemplo, da expulsão de uma comunidade religiosa. O que seria intolerável. Mas o raciocínio do ministro Fachin, que encontra eco em setores da sociedade, não trata disso. Surge, isto sim, da incompreensão com o fato de que as igrejas, como núcleos essenciais à vida em sociedade, exercem um papel legítimo na formação da consciência dos cidadãos.

Para inspirar

Educação dos filhos. Como esperar que os filhos respeitem regras de convivência, se os pais não obedecem a leis de trânsito ou filas? A Equipe Sempre Família da Gazeta do Povo faz algumas perguntas aos pais traz e apresenta 6 dicas para ensinar as crianças o valor da honestidade.

Tenha uma ótima semana!

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