Brasil terá racionamento de energia? MPF investiga compra de vacinas. E as mudanças no IR

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Para começar este resumo de notícias. Em meio à pior seca em décadas e com os reservatórios em níveis preocupantes, a dúvida se o Brasil vai passar por um racionamento de energia ainda persiste. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que na semana passada se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse inicialmente na terça-feira (22) que esta medida seria tomada em um "período educativo", para evitar uma “crise maior” no setor. Mas voltou atrás nas redes sociais, dizendo que "será feito o incentivo ao uso eficiente da energia pelos consumidores de maneira voluntária", sem a necessidade de racionamento. Em meio à crise e mudança de bandeiras, é importante o consumo consciente para aliviar o sistema e o bolso. Confira 11 dicas para economizar energia e reduzir a conta de luz.

Eletrobras. Com a privatização da Eletrobras, aprovada pelo Congresso, uma das promessas do governo é a redução nas tarifas de energia. O Ministério da Economia admite inconstitucionalidades no texto, mas diz que o veto depende do presidente Jair Bolsonaro.

R$ 100 bilhões. Segundo o governo federal, a desestatização da companhia deve gerar uma arrecadação de R$ 100 bilhões aos cofres públicos. Isabelle Barone explica de onde virão esses recursos e como o governo espera beneficiar o consumidor.

Utilidade pública

Imposto de Renda. Uma nova etapa da reforma tributária deve ser apresentada nesta quarta-feira (23) pelo governo federal. O foco são as mudanças no Imposto de Renda para pessoas físicas e jurídicas, além da incidência de tributação sobre lucros e dividendos. Célio Yano detalha o que o governo pretende mudar.

Vacinas sob investigação. O Ministério Público Federal (MPF) identificou indícios de irregularidade no contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos para aquisição da vacina indiana Covaxin. O valor teria sido 1.000% maior em relação ao anunciado seis meses antes. Em relação à vacina da Janssen, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ter conseguido um desconto de 25%.

Atualização. O Brasil registrou mais 2.131 mortes por Covid-19 e 87.822 novos casos da doença, segundo dados do Ministério da Saúde. Ao todo, o Brasil já contabiliza 18.054.653 diagnósticos positivos e 504.717 óbitos. Quanto à vacinação, até o momento foram imunizados 65.339.660 com a primeira dose e 24.737.351 com a segunda.

Política e economia

CPI da Covid. Em depoimento à CPI da Covid, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) defendeu a atuação do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia e responsabilizou os governadores pelo elevado número de mortes registrado no Brasil. Ele também negou fazer parte do chamado “gabinete paralelo”.

Protesto de indígenas. Um ato promovido por indígenas próximo à Câmara dos Deputados terminou em confronto com a polícia. O protesto estava relacionado à votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do projeto que muda o Estatuto do Índio. O presidente da Câmara, Arthur Lira, criticou a tentativa de invasão do Congresso.

Giro pelo mundo. Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana, vai liderar uma delegação que irá aos Estados Unidos e à Europa em busca de apoio para um plano de retorno do país à democracia. A Alta Comissária para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, manifestou preocupação com a Argentina na pandemia. No Reino Unido, denúncias apontam a destruição de milhares de produtos não vendidos pela Amazon.

O que mais você precisa saber hoje

Ex-ministro. Militância política ignora fatos para “cancelar” Sergio Moro

Segurança. Cidades americanas têm alta na criminalidade após reduzirem orçamento da polícia

Congresso. Acordo na Câmara acelera projeto que acaba com “supersalários” no serviço público

Combate à corrupção. Aprova ou rejeita? O que esperar do Senado no projeto que afrouxa a Lei de Improbidade

Colunas e artigos

Retrato da impunidade. As polícias de Goiás e do Distrito Federal seguem na caçada ao criminoso Lázaro Barbosa, acusado de cometer uma série de assassinatos. Thaméa Danelon mostra por que esse é um retrato da impunidade no Brasil. Em artigo, o jornalista Brian Patrick Eha expõe a devastação promovida pela Revolução Russa.

Nossa visão  

“Cancelamento” de Moro. A “vingança dos corruptos”, de que tão acertadamente falou Luís Roberto Barroso durante o julgamento que manteve a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no caso do tríplex do Guarujá, não ocorre apenas dentro dos três poderes. Existe um arcabouço intelectual para a narrativa que transforma os bandidos em vítimas e seu modus operandi pôde ser visto no cancelamento da participação de Moro no III Encontro Virtual do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito do Brasil (Conpedi). Tema para o nosso editorial: O “cancelamento” de Moro e o ataque à pluralidade na academia.

Os autênticos juristas que valorizam a justiça e a verdade, por fim, jamais compactuariam com um ataque grosseiro à liberdade de debate que é característica do ambiente acadêmico, nem com esta agressão à liberdade de expressão que consiste na pressão para calar Moro – e é sintomático que, entre os 125 signatários, haja vítimas até mesmo recentes de tentativas de cerceamento, como um professor da Universidade de São Paulo, alvo de investida da parte de Augusto Aras por causa de tweets e textos críticos ao procurador-geral da República.

Para inspirar

Apoio a pequenos restaurantes. Afetados pela pandemia, empreendedores e colaboradores de pequenos restaurantes vão receber qualificação e capacitação. A iniciativa faz parte do projeto Cresça Seu Negócio, que pretende ajudar 20 mil empreendimentos. Guilherme Grandi, do Bom Gourmet, explica como ele vai funcionar. Tenha um ótimo dia!