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Profissional de saúde e voluntária participam de treinamento para vacinação contra Covid-19 em centro médico em Nova Delhi, Índia, 2 de janeiro
Profissional de saúde e voluntária participam de treinamento para vacinação contra Covid-19 em centro médico em Nova Delhi, Índia, 2 de janeiro| Foto: Prakash SINGH / AFP

Para começar esse resumo de notícias. Os laboratórios Serum Institute e Bharat Biotech, da Índia, asseguraram o fornecimento de vacinas contra Covid-19 para outros países. A Barat Biotech produz um imunizante que interessa ao setor privado e a Serum Institute utiliza a fórmula do convênio Universidade de Oxford-AstraZeneca, assim como a Fiocruz, que solicitou 2 milhões de doses prontas da Índia. A exportação para o Brasil era incerta, mas o Itamaraty confirmou a compra com entrega provável em “meados de janeiro”.

Sem cronograma. Apesar do anúncio da chegada das doses, o Brasil continua sem calendário de vacinação definido. Em videoconferência com o Ministério da Saúde, governadores de oito estados voltaram a cobrar do governo um cronograma, mas ouviram do secretário de vigilância da pasta, Arnaldo Medeiros, apenas que a demanda seria levada ao ministro Eduardo Pazuello, que se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça (5). A Anvisa, por sua vez, disse que ainda não recebeu pedidos de uso emergencial.

Preparativos. Por outro lado, há municípios que se dizem prontos para iniciar a vacinação. Secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak garante que a capital paranaense poderia iniciar a vacinação imediatamente e “só depende do governo  federal”; leia na entrevista de Roger Pereira.

Utilidade pública

Seringas e agulhas. O governo federal reforçou que vai  zerar o imposto de importação de seringas e agulhas. Até então, os suprimentos tinham incidência de 16% de tributação. Além desses materiais, outros produtos como máscaras e álcool gel não pagam tributo de importação. Estados e municípios também estão se organizando para garantir estoques. O governador do Paraná, Ratinho Junior, por exemplo, divulgou que o estado tem 8,9 milhões de agulhas e seringas em estoque.

Atualização. O Brasil registrou, em 24 horas, 56.648 casos do novo coronavírus e 1.171 novas mortes em decorrência da Covid-19, segundo o boletim de terça-feira (5) do Ministério da Saúde. O país totaliza, com a atualização, 7.810.400 diagnósticos positivos, 197.732 óbitos e 6.963.407 casos considerados recuperados.

Política e economia

Declaração a apoiadores. Nesta terça (5), o presidente Jair Bolsonaro disse que Brasil está ''quebrado" e que não "consegue fazer nada". O presidente ainda afirmou que gostaria de “mexer na tabela do imposto de renda”, ou seja, ampliar a isenção do IR. Confira o que disse Bolsonaro.

Em campanha. A eleição da presidência da Câmara será 1º de fevereiro e tem como favoritos Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, e Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). E as declarações vêm esquentando. Lira afirmou que Maia “insiste em se perpetuar” no poder. O candidato também ganhou o apoio do PTB, de Roberto Jeferson. Já Baleia reiterou compromisso com a vacinação pública. Mas outro nome lançou candidatura. O “azarão” é Fábio Ramalho (MDB-MG). Em entrevista a Olavo Soares, Ramalho garantiu que tem chances; entenda a estratégia do “parlamentar de telefonemas e jantares”.

Universo econômico. Sistema de pagamentos e transferências imediatas do Banco Central, o Pix prevê oferecer novos serviços nos próximos meses. Cristina Seciuk explica as novas funcionalidades previstas e quais contas poderão ser pagas na ferramenta. Outras previsões, mais incertas, são em relação à economia: o Banco Mundial divulgou uma nova expectativa de crescimento do PIB para o Brasil e a Fenabrave projetou crescimento das vendas de veículos; veja os números.

Giro pelo mundo. Na Europa, segue o temor da expansão do coronavírus. A Alemanha estendeu o lockdown nacional e, segundo estima o governo da Inglaterra, uma a cada 50 pessoas teve Covid-19 no país na última semana do ano. Nos EUA, ocorreram as eleições do Senado na Geórgia, algo estratégico para a governabilidade de Joe Biden, que deve ser homologado presidente na Câmara dos Deputados nesta terça (5).  Na Venezuela, deputados aliados do ditador Nicolás Maduro tomaram posse. Na Argentina, um movimento pró-vida anunciou um pedido para que lei do aborto seja declarada inconstitucional.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Ameaças e oportunidades. A aprovação do lei do aborto na Argentina vem repercutindo em todo o mundo. Em artigo, a colunista conservadora Kathryn Jean Lopes questiona: Fazemos sacrifícios para proteger a vida contra a Covid-19. Então por que bebês estão sendo mortos? Por aqui, no Brasil, o jornalista David Ágape denuncia que pílulas abortivas estão sendo vendidas livremente nas redes sociais. Quanto às oportunidades, os temas são outros. O empreendedor e investidor-anjo Allan Costa destaca as macrotendências de negócios e carreiras. Vale também ler na coluna de Filipe Figueiredo dez temas para ficar de olho na política internacional em 2021.

Nossa visão

Eleição decepcionante. A disputa pela sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados opõe Arthur Lira (PP-AL), expoente do Centrão e o nome favorito do presidente Jair Bolsonaro, e Baleia Rossi (MDB-SP), que conta com o apoio de Maia e de vários partidos. Tema para nosso novo editorial: A presidência da Câmara e uma disputa decepcionante.

Já surgem candidatos avulsos, e ainda devem surgir outras chapas lançadas como forma de marcar posição, mas a disputa real deve mesmo se restringir a Lira e Rossi – e isso não é nada bom para o país. A Câmara será comandada, nos próximos dois anos, por um parlamentar enrolado em escândalos de corrupção ou por um deputado que terá de cumprir promessas feitas ao PT e outros partidos cuja pauta é radicalmente oposta às necessidades do país.

Para inspirar

De casa. Em artigo publicado no portal The Conversation, Maria Isabel Martinez Castro, doutora em Psicologia e psicóloga Geral de Saúde na Universidade Internacional de Valência (Espanha), responde uma pergunta que muitos estão se fazendo durante a pandemia: Será que o trabalho remoto pode nos tornar trabalhadores compulsivos? Confira o artigo!

Boas leituras e um ótimo dia!

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