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Bom dia!

Muita gente se pergunta qual, afinal, a serventia dos vices. Em fevereiro de 1897, por exemplo, enquanto o presidente Prudente de Morais convalescia em um hospital, o vice-presidente da República, Manuel Vitorino, mandou para a Bahia a terceira expedição de Canudos, selando o destino dos fatos daquela que seria uma das maiores vergonhas da história da República. Com o presidente de volta, Vitorino passou para a oposição e até hoje se discute seu eventual envolvimento no atentado contra Prudente de Moraes, em novembro daquele ano. 

Mais de cem anos depois, com muitos vices criando problemas no meio do caminho, a política nas altas esferas brasileiras se civilizou um pouco, mas a novela da escolha dos candidatos mostra que a figura continua delicada. Não por acaso, dos dez coadjuvantes centrais nos bastidores das negociações nesta reta final de formação de alianças, metade é de cotados para vice

Há quem diga que vice, além de dor de cabeça, só traz gastos inúteis. Evandro Éboli conta a história da reforma que quase pôs fim ao cargo, ocupado hoje por 6 mil políticos e que custa meio bilhão de reais por ano aos cofres públicos.

Escapou

E enquanto Jair Bolsonaro (PSL) ainda bate cabeça para encontrar um vice, Mario Vitor Rodrigues comenta, em sua coluna de estreia na Gazeta do Povo, o desempenho do candidato no Roda Viva de segunda-feira (30):

Ao final do programa, o semblante de Bolsonaro estampava alegria e alguma dose de alívio. Tinha motivo para os dois: novas sabatinas vem aí e debates com adversários que não hesitarão em expor as suas limitações, mas ele continua vivo no jogo. Saiu ileso daquele que imaginou ser o seu primeiro grande teste.

Bode na sala

Pedro Fernando Nery, outro nome de peso que estreia hoje no time de colunistas da Gazeta do Povo, analisa a proposta de Reforma da Previdência de Bolsonaro, que assusta tanto os eleitores quanto o mercado – e que bem poderia lhe custar a eleição:

A aposentadoria de R$ 238 e o salário mínimo com 30 anos de contribuição não são os únicos pontos mal pensados dessa reforma da Previdência: ela pode simultaneamente ser dura nos mais pobres, e ao mesmo tempo quebrar o sistema.

Salve-se quem puder

Hoje também é dia de estreia da coluna de Márcio Coimbra na Gazeta do Povo. Coimbra explica quem é o verdadeiro candidato de Michel Temer (MDB) ao Palácio do Planalto:

A aposta em Geraldo Alckmin é uma forma do establishment político salvar sua pele. Mas para a candidatura do tucano vingar, Meirelles precisa permanecer na disputa, atraindo para si a impopularidade de Temer. Se o candidato do MDB deixar a disputa, Alckmin absorve a rejeição e seu projeto presidencial pode desmoronar.

Inclusive o Brasil

E eu já estava com saudades de dar boas risadas com o Gustavo Nogy, que felizmente volta a escrever na Gazeta do Povo a partir de hoje. Ele já lança a pergunta: alguém está entendendo alguma coisa? Um aperitivo: 

Mas é fato que, ceticismo de um lado, credulidade de outro, as eleições na Terra de Vera Cruz realmente são coisa doutro mundo. Já não bastam as fraudes possíveis (prováveis) nas urnas eletrônicas. Agora a fraude é metafísica. Enquanto nos Estados Unidos o lobby é permitido, legalizado, conhecido, aqui ninguém sabe quem, ou o quê, influencia quem, ou o quê, e de que modo.

Coragem

Morreu, aos 96 anos, o advogado Hélio Bicudo, fundador do PT que voltou aos holofotes, mais recentemente, por ter sido um dos signatários do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Acima de tudo, Bicudo será lembrado por sua atuação contra o “Esquadrão da Morte”, em São Paulo, nos anos de chumbo da ditadura militar. Isso colocou o então promotor em perigo por diversas vezes e fez dele alguém de quem se pode dizer, verdadeiramente,  que arriscou a vida pela garantia dos direitos mais básicos dos brasileiros

Soy Latino Americano

Um levantamento inédito de Célio Martins mostra que há mais de 60 mil jovens brasileiros estudando em escolas médicas da Argentina, Paraguai e Bolívia. Ausência de vestibular e preço baixo estão entre as explicações para o fenômeno.

Mais um vítima

No Editorial de hoje, a Gazeta do Povo comenta a recuperação das contas da Infraero, outra estatal que sofreu nas garras do lulopetismo:

Uma Infraero recuperada financeiramente poderia se dedicar ao fomento da aviação em locais importantes, mas que não tenham atraído interesse da iniciativa privada ou de governos municipais e estaduais. Esse estímulo à aviação regional é urgente: segundo dados de junho de 2017 divulgados pela Anac, apenas 122 cidades tinham voos comerciais domésticos, contra 180 dez anos antes.

Estilo de vida

Um olhar criativo pode mudar tudo. E uma tristeza para os acumuladores. Confira as indicações dos nossos editores:

Um feito. Daliane Nogueira (Haus) escreve: “Onde a maioria vê um amontoado de caliça de obra, retalhos de marcenaria e resíduos da indústria, a arquiteta gaúcha Priscila Elisa Berselli viu uma oportunidade de negócio e criou a marca Design Côté, que apresenta acessórios descolados inspirados em grandes nomes da arquitetura. É bonito, é simples e atemporal”. 

Outro. Talita Boros Voitch (Bom Gourmet) escreve: “Conheça a enóloga portuguesa Filipa Pato, que revolucionou os vinhos da região da Bairrada e ganhou inéditos 96 pontos no (temido) Wine Advocate, dirigido pelo crítico norte-americano Robert Parker.”  

Me leva, baby, me leva. Isadora Rupp (Viver Bem) escreve: “Encher a mala com miniaturas de shampoos, sabonetes e outras amenidades oferecidas por hotéis. Quem nunca? Mas esses mimos estão na mira das companhias aéreas e rede de hotéis, para a tristeza dos viciados nas amenities: eles são vilões quando se fala em desperdício e acúmulo”. 

Volta ao mundo em 1 minuto

101 pessoas tomaram um baita susto ontem. E Donald Trump está estranhando essa história de impressão de armas em 3D. Vandré Kramer (Mundo) escreve:

Muito susto. No México, um avião de fabricação brasileira, com 101 pessoas a bordo, pegou fogo quando tentava decolar em meio a chuvas fortes. Ninguém morreu e, pelo menos, 85 pessoas ficaram feridas.  

Drama. A ditadura de Maduro está empurrando muitos venezuelanos para fora do país. E a situação que eles encontram longe de sua terra não é das melhores: uma vida de muitos riscos e sofrimento.  

Armas. Na terra do Tio Sam, o governo permitiu que um site disponibilizasse moldes de armas para impressão de armas em 3D. O assunto chegou aos ouvidos de Trump, que reagiu negativamente: ‘Isto não parece fazer muito sentido’.  

Muy amigo. E um dos mais novos ‘amigos’ de Trump, o líder norte-coreano Kim Jong-il continua dando sinais ambíguos em relação à desnuclearização do país. Agências de espionagem dos EUA veem sinais de que a Coreia do Norte está construindo mísseis capazes de atingir os Estados Unidos”.

Paraná

Aqui no estado, Beto Richa (PSDB) segue enrolado, e um noivado chega ao fim. Euclides Lucas Garcia (Política Paraná) escreve:

Suspeito. Polêmica no caso do suposto caixa 2 de Beto Richa, em 2014, que estava nas mãos do juiz Sergio Moro. A filha do desembargador que tirou o caso da competência do magistrado da Lava Jato é filiada ao PSDB e foi nomeada pelo próprio Richa para ocupar um cargo comissionado no governo do Paraná.

E agora? E os problemas de Beto Richa com a Justiça não param por aí. Em julgamento no Tribunal de Justiça do Paraná por uma ‘parada técnica’ em Paris, numa viagem feita em 2015, o placar aponta 2 a 1 contra o tucano. Ainda falta o posicionamento de dois desembargadores, o que deve ocorrer na semana que vem.

Acabou o amor. Tudo aberto a cinco dias do fim do prazo das convenções partidárias. De forma inesperada, Osmar Dias (PDT) disse ‘não’ à aliança com Roberto Requião (MDB) e embaralhou completamente a disputa pelo governo do estado e pelas duas vagas ao Senado. Confira os possíveis desfechos”.

E tem marca paranaense estreando fora do estado.

De olho. Naiady Piva (Economia) escreve: “A rede de supermercados Condor inaugurou sua segunda loja fora do estado do Paraná, na cidade de Joinville. O investimento, de R$ 50 milhões, conta com uma usina solar própria e uma série de ações voltadas à sustentabilidade”. 

Curitiba

Na capital, um acidente grave nos lembra da tristeza de outros episódios. Confira a seleção dos nossos editores: 

Tragédia. Fernanda Leitóles (Curitiba) escreve: “Quatro mulheres morreram após serem atropeladas em um ponto de ônibus de Curitiba. Mas essa não foi a primeira ocorrência envolvendo passageiros que esperavam o transporte. Relembramos outros cinco acidentes graves registrados em pontos de ônibus da capital”.  

Cultura. Gilson Garrett Jr. (Guia) escreve: “Uma pesquisa feita em 12 metrópoles brasileiras mostra o panorama do consumo de cultura no país. Um dos dados curiosos é que três gigantes de Curitiba aparecem como os lugares culturais mais frequentados da cidade”.

Não perca! Talita Boros Voitch (Bom Gourmet) escreve: “A fama de Seattle brasileira de Curitiba faz jus ao campeonato que a cidade recebe a partir desta quarta-feira (1) no Mercado Municipal. O Campeonato Brasileiro de Torra vai reunir 24 dos melhores baristas do Brasil, sendo que dez são do Paraná”. 

Um ótimo dia a todos!

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