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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) vão disputar o segundo turno das eleições presidenciais no próximo dia 30 de outubro. A apuração dos votos confirma uma polarização entre Lula e Bolsonaro que os demais candidatos não conseguiram romper. O resultado também coloca no segundo turno duas forças políticas que já haviam decidido a eleição de 2018, quando o atual presidente venceu outro petista, Fernando Haddad – que substituiu Lula porque ele havia sido barrado pela Justiça Eleitoral por ter uma condenação em segunda instância judicial, condição de inelegibilidade. Dentro da campanha do PT havia a expectativa de tentar vencer a eleição ainda no primeiro turno, depois de uma intensificação pela busca do chamado "voto útil". Nos últimos dias da campanha, Lula e aliados trabalharam para atrair eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet que optariam pelo petista no segundo turno. Agora, existe a expectativa do PT de atrair o apoio do PDT de Ciro Gomes e do MDB de Simone Tebet no segundo turno. Já Bolsonaro tende a manter a estratégia de investir no antipetismo para derrotar Lula no segundo turno, buscando desgastar a imagem do petista por meio da lembrança de casos de corrupção envolvendo o PT, numa tentativa de aumentar a rejeição do ex-presidente. Bolsonaro também tende a buscar diminuir sua rejeição do eleitorado feminino e a ampliar sua base entre os eleitores evangélicos. A campanha também aposta na melhoria da economia neste mês e nos programas de transferência de renda para conquistar mais votos.

O PSDB perdeu a primeira eleição para o governo de São Paulo desde o pleito de 1994. O atual governador do estado, Rodrigo Garcia, que é filiado à legenda, ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições 2022 e está fora na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O segundo turno será disputado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) e por Fernando Haddad (PT). O ex-ministro, astronauta Marcos Pontes (PL), garantiu a vaga para o Senado.

O novo governador do Rio de Janeiro foi definido em primeiro turno: Cláudio Castro (PL), que buscava a reeleição. Marcelo Freixo (PSB), ficou em segundo. Romário (PL) foi reeleito Senador pelo estado.

Romeu Zema (Novo) foi reeleito governador de Minas Gerais. Cleitinho Azevedo (PSC), atualmente deputado estadual, foi eleito senador.

No Paraná Ratinho Junior (PSD) foi reeleito para o governo do estado e dois dos principais personagens da operação Lava Jato garantiram mandatos eletivos. O ex-juiz Sério Moro (União Brasil) venceu a eleição para o Senado e Deltan Dallagnol (Podemos), ex-procurador do Ministério Público Federal, coordenador da operação, foi o deputado federal com o maior número de votos.

Em Santa Catarina a disputa para governador terá segundo turno entre o senador Jorginho Mello (PL) e o ex-prefeito de Blumenau, Décio Lima (PT). O atual governador Carlos Moisés (Republicanos) ficou em terceiro. Jorge Seif (PL) foi eleito senador.

No Rio Grande do Sul haverá segundo turno entre o deputado federal Onyx Lorenzoni (PL) e o ex-governador Eduardo Leite (PSDB). O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), foi eleito senador pelo estado.

Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB) vão ao 2º turno na disputa pelo governo do Mato Grosso do Sul e a ex-ministra Tereza Cristina (PP) foi eleita senadora.

O atual governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), comandará o estado por mais um mandato.

Em Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) também se reelegeu.

No Tocantins, mais uma reeleição. Wanderlei Barbosa (Republicanos), vai governar o estado mais uma vez.

O atual governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) conquistou 50,30% dos votos, o que representa mais da metade dos votos válidos e garantiu a reeleição ainda no primeiro turno. No Senado quem levou a melhor foi Damares Alves (Republicanos), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo de Jair Bolsonaro.

Confira os resultados de todos os estados, o número de abstenções e uma reportagem completa sobre as divergências entre os números das pesquisas eleitorais e o resultado oficial.

A opinião de Leonardo Coutinho, que afirma que os verdadeiros derrotados na eleição foram os institutos de pesquisa.

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