• Carregando...
Perguntas e respostas para entender a "guerra da vacina"
Governador de São Paulo, João Doria, exibe uma ampola da Coronavac: “revolta da vacina” desta terça foi deflagrado devido à suspensão dos testes pela Anvisa.| Foto: Governo de SP/Divulgação

Para começar esse resumo de notícias. Após a Anvisa interromper os testes da vacina Coronavac no Brasil - produzida pelo Instituto Butantan (de São Paulo) em parceria com a o laboratório Sinovac, da China -, o assunto rendeu uma praticamente uma “revolta da vacina” durante a terça-feira (10). O Butantan e o governo de São Paulo criticaram a decisão da Anvisa, mas o presidente da agência sanitária, Antonio Barra Torres, alegou que a decisão foi técnica por faltarem detalhes enviados sobre a morte de um voluntário.

Anvisa versus Butantan. Enquanto Torres condicionou a continuidade dos testes a novas informações, o Butatan alega que o óbito nada teve a ver com a vacina: a suspeita é de suicídio. Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski determinou que Anvisa explique suspensão de estudos clínicos em 48 horas. Na Câmara, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) apresentou um requerimento de convocação ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e convidou os presidentes da Anvisa e do Instituto Butantan a prestarem esclarecimentos.

Bolsonaro versus Doria. Na manhã de terça, o presidente Jair Bolsonaro comentou o caso e lembrou que o governador de São Paulo, João Doria, cogitou tornar a vacina Coronavac obrigatória no estado. “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", afirmou. À tarde, ele voltou ao assunto, disse que lamenta os mortos, mas que “o Brasil tem que deixar de ser um país de maricas” e encarar a doença.

Política versus saúde. O debate deu espaço para uma dúvida: a decisão da suspensão foi técnica ou política? Confira tudo sobre  o tema na reportagem de Wilson Lima, correspondente em Brasília a aproveite também para descobrir como a Covid-19 ressuscitou a “velha corrupção”: um resumo sobre contratos irregulares durante a pandemia.

Utilidade pública: além da “revolta da vacina” Coronavac

Quando os testes param. A polêmica com a Coronavac e a interrupção e depois retomada dos testes da vacina de Oxford podem ter deixado uma dúvida em muitos: Quando os estudos de imunização são interrompidos, o que é preciso para o retorno? Entenda. Já a vacina da Pfizer, que mostrou 90% de eficácia nos testes, está próxima de chegar ao mercado norte-americano: ela pode começar a ser distribuída nos Estados Unidos em dezembro.

Atualização. Segundo a última atualização do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 25.012 novos casos de coronavírus e 201 mortes pela doença em 24 horas. Ao todo, o país contabiliza 5.700.044 diagnósticos, 162.829 óbitos e 5.064.344 recuperados. Enquanto isso, a tendência de alta de casos diários preocupa autoridades nos EUA e na Europa. Na segunda (9), por exemplo, os Estados Unidos registraram 111.433 novos casos e 590 mortes.

Política e economia

Eleições 2020. Nesta terça (10), Bolsonaro criticou o sistema eleitoral e disse que as eleições são passíveis de fraude, reforçando a campanha de bolsonaristas pelo voto impresso. Contudo, o jornalista Wilson Lima destaca que aliados temem que exigir voto impresso sirva apenas para “comprar briga” com o TSE. Nas disputas municipais, três candidatos pleiteiam o segundo turno no Rio, já que uma vaga está ‘nas mãos’ de Eduardo Paes (DEM); confira na reportagem de Giulia Fontes. Em Curitiba, Ciro Gomes fez campanha com Goura (PDT); leia no texto de Roger Pereira. Em Porto Alegre, a Justiça indeferiu o vice da chapa de José Fortunati (PTB); entenda no texto de Camila Abrão.

Privatizações e retomada. Nesta terça-feira (10), o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar em privatizações e crescimento. Correspondente em Brasília, Jéssica Sant’Ana destaca que Guedes quer quatro grandes vendas, incluindo os Correios, em 2021, mas admitiu que está frustrado com o ritmo das privatizações.  Em relação à projeção de crescimento, o ministro está otimista: pensa que o Brasil pode crescer mais que os 3,2% projetados. Nossa correspondente revela os 3 fatores que, para o governo, vão puxar a retomada da economia.

Giro pelo mundo. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump conseguiu novos aliados republicanos para contestar as eleições presidenciais. Veja as últimas notícias sobre as eleições nos EUA. Na América do Sul, um presidente foi destituído e outro assumiu no Peru. O resultado? Protestos. Saiba tudo sobre a crise democrática instalada no país vizinho. Na Argentina, o governo de Alberto Fernandez vai enviar um projeto de legalização do aborto ao Congresso. Já na África, o Estado Islâmico decapitou 50 pessoas em um campo de futebol no Moçambique.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Debates pandêmicos. A polêmica suspensão dos testes da vacina Coronavac no Brasil e o andamento de outras imunizações em desenvolvimento são temas de comentários de nossos colunistas. O jornalista Célio Martins apresenta detalhes de outros países em desenvolvimento onde a vacina chinesa está em teste e o cronista e jornalista Paulo Polzonoff escreve sobre como Tomé recebeu a notícia de que a vacina da Pfizer é eficaz. Enquanto isso, o epidemiologista José Geraldo Leite Ribeiro esclarece se a rapidez no desenvolvimento das vacinas contra Covid-19 deve ser motivo de preocupação.

Nossa visão

Aumento de preços. Novamente os setores de alimentos e transportes, especialmente arroz e óleo de soja, jogaram a inflação para cima em outubro. O IPCA, índice oficial medido pelo IBGE, subiu 0,86%. É hora para preocupação? Tema para editorial da Gazeta do Povo: A inflação acelera, mas ainda não assusta.

Uma queda substancial do dólar, a ponto de desestimular as exportações, talvez ainda esteja longe de ocorrer, mas a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que no início de 2021, com a colheita da nova safra, o preço do arroz deve diminuir. Além disso, o auxílio emergencial será pago apenas até dezembro deste ano, e o diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, disse na sexta-feira que o consumo deve cair entre a população mais pobre com o fim do benefício. Por fim, ainda há muita indefinição sobre o Renda Cidadã, que Jair Bolsonaro deseja implantar.

Para inspirar

Atividade física. O gasto calórico não ocorre apenas durante a prática de esportes: o corpo age após o exercício para continuar a queima d e gordura. Mas qual seria o exercício ideal? Em reportagem, o editor de Saúde Adriano Justino desvenda uma pesquisa científica que mostra qual tipo de treino gasta mais caloria após o exercício.

Tenha um ótimo dia!

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]