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Bom dia!

Essa quarta-feira (27) foi marcada pelas sabatinas de vários ministros do governo de Jair Bolsonaro (PSL) em comissões da Câmara dos Deputados e do Senado. 

O ministro da Educação, Ricardo Vélez, sofreu nas mãos da Comissão de Educação da Câmara. Vários deputados pediram a sua saída do cargo, mas o ministro respondeu que só sai se o presidente assim decidir. À noite, a GloboNews chegou a anunciar a exoneração de Vélez, mas mais tarde Bolsonaro, pelo Twitter, negou a informação. O Ministério da Educação tem protagonizado uma série de trapalhadas nesses três meses de governo e ainda não saiu do lugar.

Quem se saiu bem foi o ministro da Economia, Paulo Guedes, que participou de uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Guedes explicou a necessidade da reforma da Previdência aos senadores e disse que está disposto a sair do cargo se o projeto não se encaminhar bem e acabar perdendo o apoio do presidente e do Congresso. O ministro explicou ainda os pilares do seu plano para salvar os estados da crise financeira: Previdência, pacto e petróleo

  • O mercado demonstrou pessimismo com o cenário do dia – ainda marcado pela ressaca da aprovação da PEC do orçamento impositivo na noite de terça (26). O dólar subiu e a Bolsa caiu. Vandré Kramer explica o porquê.

Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, esteve na Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara. Ele defendeu que a defesa da democracia é o “pilar fundamental” da política externa do governo atual – mas se absteve de responder quando lhe perguntaram se o regime militar iniciado em 1964 pode ser chamado de ditadura.

31 de março

O Ministério da Defesa publicou a carta do titular da pasta, Fernando Azevedo e Silva, que será lida nos quartéis no dia 31 – Bolsonaro incentivou a comemoração do aniversário do início do regime militar. Em resumo, o texto justifica o golpe militar de 1964 – e se abstém de comentar as “realizações” dos governos do período. Leia na íntegra.

Mario Vitor Rodrigues comenta o absurdo de honrar um regime que vilipendiou a dignidade humana tão descaradamente:

A sociedade não precisa da representação do PT ou do PSOL para se indignar frente a esse absurdo posicionamento do governo. Assim como o sujeito, por mais avesso que seja aos preceitos da esquerda, não é obrigado a aceitar a naturalização de torturas, assassinatos e a castração de direitos outrora forçados pelos militares e agora exaltados pela gestão Bolsonaro.

Parlamentarismo via PEC

Madeleine Lackso comenta a aprovação esmagadora da PEC do orçamento restritivo na Câmara dos Deputados – que ela considera uma maneira de forçar um regime parlamentarista

Nunca antes na história desse país um governo sofreu uma derrota tão acachapante no plenário da Câmara dos Deputados. Quer dizer, até sofreu quem tomou um impeachment na cabeça, mas estou analisando votações normais em tempos normais. Aliás, essa proposta foi feita em 2015 justamente quando Dilma Rousseff estava perdendo completamente o controle das contas públicas e o Brasil começava a falar em impeachment. O Congresso Nacional decidiu amarrar as mãos da presidente Dilma e transformá-la numa espécie de Rainha da Inglaterra enquanto se tentava resolver o impasse político.

Para Bolsonaro, porém, não foi uma derrota – nisso, ele discorda de Guedes. Em entrevista à Band, na noite de ontem (27), o presidente disse que quer até mais do que o que a Câmara aprovou. Ele contou também quanto tempo passa por dia no Twitter – respondendo a uma crítica de Rodrigo Maia (DEM).

Mais um capítulo

A entrevista, aliás, gerou mais uma rodada de alfinetadas entre Maia e Bolsonaro. Siga: na Band, o presidente disse que Maia fez comentários infelizes, talvez por estar “abalado” por “questões pessoais” – no caso, a prisão do sogro, Moreira Franco (MDB). 

O presidente da Câmara retrucou: “Abalados estão os brasileiros que estão esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar. São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza e o presidente brincando de presidir o Brasil”. 

Em São Paulo para um evento ao lado do governador João Doria (PSDB), Bolsonaro fez a tréplica (bastante ágil para quem faltou a quase todos os debates nas últimas eleições): a afirmação de Maia “não é uma palavra de alguém que conduz uma Casa. É uma irresponsabilidade”.

Lava Toga

O Judiciário brasileiro é o segundo mais caro do Ocidente, atrás apenas do de El Salvador. E nem por isso é o mais ágil ou eficiente. Luan Sperandio conversou com especialistas para entender o porquê – e o caso do cara que entrou na Justiça por causa de R$ 2 cobrados a mais pela pimenta e pelo caruru de um abará pode dar uma pista.

No editorial desta quinta-feira (28), a Gazeta do Povo analisa a proposta da CPI da Lava Toga e a sua relação com o problema do ativismo judicial

A chamada CPI da Lava Toga pode até vir a existir em um momento oportuno, para investigar supostas condutas ilícitas de magistrados, mas, se eventualmente quiserem minorar os casos de ativismo judicial, a Câmara dos Deputados e o Senado devem debater a questão em Plenário, e o caminho para isso certamente não passa por uma comissão parlamentar de inquérito.

Imagem do dia

Crianças assistem a um show de fantoches feito por um ator sírio, em meio aos escombros de prédios caídos na cidade de Saraqib, na província de Idlib controlada pelos rebeldes no norte da Síria, em 27 de março.AMER ALHAMWEAFP

Pelo mundo

Uma ótima quinta-feira para você!

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