Se os eleitores de Bolsonaro estão indignados com Moro, imagina o BNDES com a Venezuela

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Pintou um clima de mal estar na lua de mel entre parte dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Justiça, Sergio Moro. No Twitter, grupos conservadores desabafam contra o ministro e criaram até a hashtag #IlanaNão para protestar contra Ilona Szabó de Carvalho.

Cientista política e especialista em segurança e política de drogas, ela foi nomeada suplente no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Certo, e qual o problema? Nossa correspondente em Brasília, Kelli Kadanus explica: Ilona Szabó publicou artigos na Folha de S.Paulo durante a eleição criticando a flexibilização de porte e posse de armas. Saiba mais sobre o posicionamento da nova integrante da equipe de Moro.

Ainda no que depender do ministro da Justiça, as operações da Polícia Federal vão decolar. E olha que, em 10 anos, a PF multiplicou por cinco o número de operações. Confira a matéria e aproveite ainda para ler o editorial da Gazeta do Povo sobre outro tema igualmente importante:

“A reforma da Previdência certamente tem dispositivos dos quais o governo pode abrir mão, e alguns deles podem ter sido desenhados com essa dinâmica de negociação em mente. Seriam os ‘bois de piranha’, elaborados sob medida para atrair a oposição dos parlamentares e da opinião pública, levando o governo a recuar, demonstrando flexibilidade.”

Conexão Caracas

Na Venezuela, embarcaram notícias sinistras. Em meio à crise internacional e a fome que assola o país, Jéssica Sant’Ana apresenta um paradoxo: o Brasil depende da Venezuela para garantir energia elétrica para Roraima, o que pode sair caro.

Também por aquelas bandas, o ditador Nicolás Maduro colou sua imagem a de Lula, com direito a bandeira pregando ‘prisão política’ e o tradicional “L” com as mãos. O opositor e presidente interino, Juan Guaidó, por sua vez, deve vir ao Brasil se encontrar com Bolsonaro.

Se a foto “Maduro é Lula” ficou para a posteridade, a dívida chavista com o Brasil também: a Venezuela deve US$ 710 milhões ao BNDES. De Brasília, Olavo Soares calculou o saldo devedor contraído pelos hermanos durante o governo do PT. E por falar em petista, o candidato derrotado à presidência Fernando Haddad foi inocentado na ação em que era réu por corrupção e lavagem de dinheiro.

Escala na Ásia

Pela segunda vez em menos de um ano, Donald Trump e Kim Jong Un se encontraram. A segunda cúpula entre os líderes de países rivais começou com tom cordial em Hanói, capital do Vietnã, na noite de terça-feira. O tema principal é a desnuclearização da Coreia do Norte. Mas as armas nucleares não são as únicas de destruição em massa no arsenal do ditador, que inclui armas químicas e biológicas – uma ameaça que acaba sendo menosprezada.

Por falar em ameaça nuclear, duelo entre duas potências com bombas atômicas: o Paquistão derrubou dois jatos das Forças Armadas da Índia no seu espaço aéreo e lançou ataques contra seis alvos dentro da região controlada pela Índia na Caxemira, um dia depois que a Índia lançou bombas em território paquistanês pela primeira vez desde 1971. Os dois pilotos indianos foram presos por tropas paquistanesas.

Imagem do dia

Saíram no lucro

Se Haddad saiu por cima da acusação de corrupção, a Petrobras também está em alta. Entenda como o combustível mais caro ajudou a Petrobras a ter primeiro lucro anual depois da Lava Jato. E a operação da PF ganhou ontem novas informações: executivos da OAS relataram caixa 2 e propina a 21 políticos de 8 partidos. O campeão foi Eduardo Cunha (MDB-RJ), que faturou quase R$ 30 milhões, segundo os acusadores.

Outro pessoal que saiu no lucro: os funcionários da Vale que o ministro do STJ Nefi Cordeiro mandou soltar. Eles estavam presos desde 15 de fevereiro como parte as investigações do rompimento da barragem da empresa em Brumadinho (MG).

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Em alta também estão Felipe Francischini, o novato de 27 anos que vai presidir a CCJ da Câmara, o novo manda-chuva da EBC, nomeado por Bolsonaro e com experiência de 34 anos no Grupo Globo, a esposa do presidente, Michelle Bolsonaro, que sinalizou seu papel em programas sociais do governo, e o próprio presidente, que está ótimo após a recuperação da cirurgia de reconstrução intestinal, conforme avaliação médica.

E você, nosso leitor, também pode sair ganhando com uma luta de gigantes: Pão de Açúcar e Carrefour entraram em guerra para vender comida pelo seu celular. Na matéria, a editora Naiady Piva explica essa ‘treta’.

Por outro lado, o povo paranaense pode sair perdendo com a reabertura de uma praça de pedágio fechada a 11 anos. A repórter Katia Brembatti explica a iniciativa da empresa, onde fica essa praça e o preço que a Econorte pretende cobrar.

Câmara versus STF

De Brasília, Renan Barbosa traz duas lutas que parlamentares estão travando com o STF. Em uma delas,15 deputados da ‘ala conservadora’ protocolaram pedido de impeachment de ministros do STF que votaram a favor de equiparar homofobia ao racismo. Na lista de parlamentares estão nomes como Alexandre Frota (PSL), Kim Kataguiri (DEM) e Luiz Philippe Orleans e Bragança (PSL), descendente da família real brasileira.

Em outra frente, com o apoio do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, foi reinstalada nesta quarta-feira (27) a Frente Parlamentar de Doenças Raras. E o primeiro desafio está lançado: convencer STF a não liberar aborto em caso de contaminação pelo zika vírus.

O [quase] inexistente Carnaval de Curitiba e a passagem de ônibus

O carnaval em Curitiba não terá dinheiro público em 2020. Pelo menos é o que espera a prefeitura. A ideia é atrair investimento privado para bancar R$ 1,5 milhão com a folia. Quem conta essa história é a jornalista Cristina Seciuk.

Também na capital paranaense, Gustavo Ribeiro traz boas novas para usuários de ônibus: a justiça adiou o aumento da passagem em Curitiba. Veja para quando e comece a economizar suas moedas. Economia também promete o general Joaquim Silva e Luna, que tomou posse em Itaipu e assegurou vai buscar mais energia com o menor custo possível para os consumidores. Em Foz do Iguaçu, Bruno Soares acompanhou de perto essa promessa.

Já na Assembleia Legislativa, o Secretário da Fazenda do Paraná, Renê Garcia Junior, prestou contas pela primeira vez aos deputados. Durante as quase três horas de conversa, Garcia, entre outros pontos, indicou dificuldades para dar reajuste aos servidores do estado. Quem esclarece é a jornalista Catarina Scortecci.