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O ano-novo, para os celtas, era um momento de conexão com o passado. Sabe-se que os celtas festejavam o encontro com os mortos nesta data. Alguns pesquisadores afirmam que o Halloween dos dias de hoje é inspirado nessa celebração.

O lusitanos, povo que vivia na região de Lisboa antes do domínio romano, celebravam o ano-novo assando castanhas no fogo à meia-noite, oferecendo-as aos antepassados. De fato, muitas culturas conectam-se espiritualmente aos antepassados, encontrando neles a sabedoria para o futuro – como se, tal como quem usa um estilingue, esticassem a mão para trás para encontrar a força do elástico para se lançar mais à frente

O melhor ano velho é aquele que permanece presente, ou que nos reencontra no futuro

Assim é o conhecimento da história. Não há nada de novo nos acontecimentos do presente, mas sim histórias que nunca conhecemos antes e que apenas se repetem.

A serenidade de ver a história se repetindo pertence aos mais velhos, acostumados a constatar que já viram isso antes. Normalmente, vemos com espanto os acontecimentos, julgando que nunca antes em nossa história algo assim houvesse ocorrido.

O ano-novo é uma oportunidade de olharmos com serenidade tudo o que vivemos, e buscarmos conexão com nossas origens, com a promessa daquilo que seríamos no futuro. Essa busca pode ser um bom caminho para projetar o novo ano. Atender às expectativas daqueles que nos amam, e de nós mesmos.

E todo ano plantamos sementes que germinarão no futuro. Um ano velho nunca é totalmente passado. Aliás, o melhor ano velho é aquele que permanece presente, ou que nos reencontra no futuro. Então, até mais tarde, ano velho. Que venha o ano novo.

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