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Com razão ou sem ela, o câncer é a besta negra mais em evidência na sociedade moderna. As causas são mais ou menos conhecidas, desde a discutível hereditariedade até as tensões profissionais e emocionais. Embora oficialmente a ciência médica afirme e reafirme que não há ainda tratamento cem por cento eficaz, o que não falta no mercado alternativo são os remédios e práticas que curam o que a medicina ainda considera incurável.

Em minha vida profissional de jornalista, acompanhei dois casos dessas práticas que, além de curar o câncer, habilita o doente a uma bem-aventurança social, resolvendo todos os seus problemas de relacionamento humano, do marido alcoólatra ao desemprego crônico.

Em Santa Isabel, a poucos quilômetros da capital paulista, vi coisas estranhas no sítio de um tal Garrincha. Dezenas de ambulâncias trazendo doentes terminais de câncer para a cura definitiva providenciada pelo rapaz. A multidão se reunia diante de seu templo, entoava ladainhas católicas e pontos de macumba, de tempos em tempos ele saía de sua toca e tocava os doentes com a mão. Muitos se diziam instantaneamente curados, a maioria esperava uma outra vez. Um professor de Niterói me cedeu um laudo (que publiquei na revista Manchete daquela semana) provando que o tal Garrincha havia curado um câncer pulmonar que resistira a diversos tratamentos ortodoxos.

Em São Gonçalo (RJ), entrevistei um cara que curava câncer com uma rosa vermelha que ele passava em cima da região afetada. Foi também matéria de uma reportagem que fiz para aquela revista.

O Santo Daime, para alguns, também opera milagres que a ciência oficial ignora. Pessoal­mente, não vejo vigarice nesses casos que citei. Vejo ingenuidade ou desespero.

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