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Rio de Janeiro – Manchete de ontem de um jornal: "A Copa é nossa". Tudo bem, é isso mesmo, a Copa do Mundo de 2014 será aqui mesmo. Temos vontade e tempo para preparar o torneio, dinheiro há de se arranjar, afinal, um evento mundial de tamanho porte é um desafio para obras de infra-estrutura que transcendem o esporte e já se tornaram dramaticamente necessárias.

Trens-balas ligando as principais cidades brasileiras, principalmente as do Sudeste – Rio, São Paulo e Belo Horizonte –, seriam prioritários. Além de superinvestimentos na segurança, malha rodoviária, aeroportos, comunicações etc. A Copa um dia acaba, mas a modernização de importantes setores de nossa realidade ficará.

Gostei de ver a foto da turma que representou nossas cores em Zurique. Romário com aquele jeitinho de quem acredita no que faz, Dunga com um laço na gravata que aprendeu com o rabino Sobel, Lula cansado de guerra, mas dando para o gasto e pensando se ainda será presidente daqui a sete anos. Mas, acima de tudo, o nosso mago de plantão, que não embarca em canoa furada. Paulo Coelho aprendeu a ler "sinais" – todas as coisas têm sinais, e parece que só ele os entende e deles tira proveito.

Tenho certeza de que ele não entraria na jogada se não estivesse em importante missão esotérica. Ele nem precisará fazer qualquer tipo de bruxaria, bastam os eflúvios de sua presença, sua química pessoal e sua alquimia profissional para nos dar a certeza de que a Copa, que já é nossa, será mais nossa em 2014.

Em princípio, sou pessimista nato e naturalizado. Suspeito de qualquer alacridade antecipada. Senti no noticiário de ontem ("A Copa é nossa") um bafio temerário do "já ganhou". Também não é qualquer dia que pratico a temeridade de ressuscitar a palavra "bafio".

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