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Sem poder mudar a lei eleitoral e muito menos o calendário civil, Lula entrou feroz e jucundo na campanha que só deveria começar em abril. Na semana que passou, inaugurando obra em Minas Gerais, só faltou convocar o Zeca Pagodinho para esquentar a cerimônia que se transformou num comício.

Reclamou da ausência do governador mineiro que botou dinheiro na obra inaugurada, mas como bom mineiro, não quis se comprometer com uma reunião que afinal se transformou numa grande azeitona na empada do governo federal interessado em eleger sua candidata à Presidência da República.

Tudo bem, democracia é assim mesmo, embora a lei também seja assim: dura, mas lei. Daqui até outubro, principalmente após abril, a agenda nacional e mais especificamente, a agenda do poder central estará centralizada na missão de eleger Dilma Rousseff, a menos que...

Ainda há muito tempo para manobras estranhas. Não se trata de um terceiro mandato, na certeza de que o único político em atividade em condições de empolgar o eleitorado é próprio Lula. Mas o exemplo de Fujimori é recente demais.

Resta a alternativa da coincidência dos mandatos, evitando-se eleições de dois em dois anos, uma para prefeitos e vereadores, outra para os postos federais, incluindo governadores de Estado.

Prorrogando-se o mandato do atual presidente, dos senadores, deputados federais e estaduais e dos governadores, haveria eleição apenas de quatro em quatro anos.

Uma solução apetitosa para a classe política. Como as coisas estão no Congresso, a idéia seria estudada carinhosamente e todos sairiam lucrando, com mais dois anos no poder. Não me acusem de espírito de porco, embora o seja às vezes, mas já vi soluções mais escabrosas na vida pública nacional.

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