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Rio de Janeiro – A pulverização dos candidatos presidenciais está colocando Lula numa situação confortável, e até certo ponto imbatível na sucessão de si mesmo. Não sou entendido em política o suficiente para entender as razões de cada partido e de cada candidato. Acho que está na cara que o nexo comum de todos (fora Lula, é claro) é bater forte no atual presidente pelo fato de ele ser também candidato.

Evidente que cada um tem seus programas, fazem pesquisas e promessas, têm um passado político que é do conhecimento de todos. Entretanto, não encontraram ainda uma grande idéia que empolgue o eleitorado. Bater forte em Lula parece ser a tática e a estratégia de todos eles. É óbvio que Lula dá motivos para isso: faz um mau governo, presidiu a avalanche de corrupção instalada na vida pública nacional e continua usando a máquina do governo para fins eleitorais.

Baseados nessas constatações, os demais candidatos se esganiçam em acentuar os podres de Lula. Não é um bom programa de governo, tampouco um chamariz eleitoral. É mesmo falta de uma idéia que centralize uma opção de governo. Prometer combate à corrupção não deixa de ser um programa primário.

Candidatos bem-sucedidos no passado traziam programas de metas como JK, uma vassoura como Jânio Quadros, a idéia de uma nova república como Tancredo Neves, ou mesmo, um exemplo nefasto, o genocídio dos marajás, como Collor. O próprio Lula, depois de perder várias vezes, veio com seu lema de paz e amor temperando grandes reivindicações sociais.

Também de uma forma geral, todos eles tinham carisma que colou no eleitorado. É o que está faltando na atual sucessão presidencial. Com todos os seus defeitos e falhas de governo, Lula continua a ter esse carisma.

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