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Nenhuma surpresa na decisão do PT de lançar Dilma Rousseff como pré-candidata à sucessão presidencial deste ano. O partido ainda tem e mantém duas vantagens que faltam aos demais: um líder absoluto e uma militância que, embora adormecida por algumas decepções e alguns escândalos, potencialmente é ainda uma força eleitoral que falta aos outros partidos.

Na realidade, o grosso do eleitorado nada tem de específico contra ou a favor da pré-candidata. É uma desconhecida em termos de votos e de mobilização popular. Funcionária competente e leal a Lula, nisso reside a taxa de aprovação que seu nome vem obtendo, logo abaixo do outro candidato – este, sim, não é um fato novo, já foi experimentado em ministérios e num governo da importância do de São Paulo.

Mesmo assim, são duas pré-candidaturas que não empolgam o eleitorado. Este, sim, continua amarrado aos 80% de aprovação a Lula – único político em atividade capaz de mobilizar o país, para o bem ou para o mal.

A menos que ocorram atos e fatos que transcendam a monotonia da disputa, a eleição de outubro será chocha, com dois bons candidatos sem expressão nacional e quase sem passado, havendo no cenário nacional a figura polêmica, mas arrasadora, de um ex-operário que ainda não encontrou um substituto à altura de empolgar, contra ou a favor, a massa de eleitores.

Uma novidade poderia ser Aécio Neves, mas o governador de Minas é jovem demais e se reserva para outra oportunidade. Marina Silva é novidade, mas lhe falta um grande partido que a imponha na sucessão. Será sempre um gesto de boa vontade. Ciro Gomes tem problemas e também não é um fato novo. Fato novo, apesar de velho, é a presença de Lula na cena eleitoral, ainda que como simples eleitor.

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