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Neste Domingo Jesus nos apresenta a parábola do Reino de Deus comparado a um banquete para uma festa de núpcias. O grande Rei é Deus. Ele organiza a festa de núpcias do seu Filho. A esposa é a humanidade inteira.

Quando pensamos nos ódios, nas guerras, nas injustiças, em tantas lágrimas derramadas por pessoas inocentes, não podemos com certeza declararmos entusiasmados por tal mulher. Entretanto, Cristo a ama da mesma forma. Ele sabe que o seu amor terá o poder para transformá-la, para deixá-la bonita e atraente. Como é diferente o amor de Deus do nosso! Nós amamos as pessoas quando são boas, Ele as ama quando são más, é o seu amor que transforma em boas.

O banquete representa a felicidade dos tempos messiânicos. Quem acolhe a proposta do Evangelho começa a fazer parte do Reino de Deus e experimenta a alegria mais pura e profunda.

Na Bíblia o Reino de Deus não é comparado a uma capela onde todos rezam, em recolhimento e devoção; não é comparado a um dos conventos antigos de freiras, onde não se escuta o menor ruído, onde ninguém perturba a meditação e o êxtase das irmãs. Está escrito que é semelhante a um banquete, onde se come e bebe à saciedade, onde se dança, se brinca e se ri, se fala com os amigos e se contam histórias e todos se sentem felizes juntos.

Cada um de nós, a esta altura, pode perguntar-se, se a religião que pratica e anuncia comunica alegria. Se a nossa pregação não provoca uma explosão de alegria em quem nos escuta, deve com certeza ser revista, porque lhe faltaria o sinal que a contra distingue.

A palavra "Evangelho" quer dizer "mensagem de alegria", "a grande novidade", "a boa notícia". Pelo contrário, acontece frequentemente que certos cristãos transformam a "feliz nova" numa mensagem de ameaça. Os servos que deveriam convidar para uma festa parecem às vezes convocar para um funeral. As nossas pregações são frequentemente um anúncio chato, desligado dos problemas reais do homem.

Que caras tristes e aborrecidas, encontramos às vezes aos domingos nas nossas comunidades. Os servos encarregados de levar o convite estão divididos em três grupos: Os primeiros dois, representam os profetas do Antigo Testamento, até João Batista. O terceiro grupo representa os apóstolos e todos nós.

Os convidados recolhidos ao longo dos caminhos e pelas praças bons e maus, limpos ou sujos, sem distinção, são os homens do mundo inteiro. Volta aqui o tema simpático para o evangelista Mateus: a Igreja, o povo de Deus, é composta por gente boa e por gente má, é um campo aonde encontramos o trigo e a cizânia, é uma rede que apanha todas as espécies de peixes.

Para nós esta parábola é um convite para abrir o coração e as portas das nossas comunidades a qualquer tipo de pessoa, aos pobres, aos marginalizados, a quem é rejeitado por todos.

Dom Moacyr José Vitti, CSS, arcebispo metropolitano de Curitiba.

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