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Há uma passagem da Bíblia em Mateus sobre milhares de pessoas alimentadas por sete pães e alguns peixinhos. Não é preciso acreditar em milagres para enxergar a beleza dessa passagem sobre a mobilização de recursos e a união de forças.

É impossível conseguir com que todas as pessoas em um grande grupo deem o melhor de si (no caso a comida que as pessoas levavam em seus bolsos) para uma causa comum. Conseguir agir em conjunto é um milagre ainda mais maravilhoso que pães aparecerem magicamente.

Olhe para as grandes notícias ambientais deste ano. Aliás, de qualquer ano.

O único consenso que nossa pobreza de espírito atinge é acerca de dinheiro. Um plebiscito entre deputados sobre um aumento de 60% para eles mesmos, é fácil. Qualquer outro, é difícil. Representantes de todos países se reúnem em um local turístico; os cientistas dizem que o Armageddon é certo se não fizermos alguma coisa. E eles fazem coisa alguma.

Os últimos 10 mil anos foram de chefes, mandatários e imperadores, mas hoje um país algo comunista compra à vista o mais capitalista deles, enquanto uma leva de países miseráveis sobe vários degraus.

E não se trata de um momento especial. Já no século 19, dom Pedro I escrevia de Portugal para seu filho dom Pedro II dizendo que estudasse para ser o melhor imperador porque as pessoas já não mais respeitavam um príncipe só por sua condição.

E o que isso tem a ver com ambiente?

No mundo de força concentrada como ele tem sido até hoje, foi comum que os benefícios ficassem com um chefe e a sujeira fosse dividida entre os subordinados.

O ouro das Minas Gerais foi para Portugal que era nosso chefe e direto passou para Inglaterra, chefe de Portugal na época. Nós ficamos com o mercúrio até hoje contaminando os solos da região, Portugal com uma dívida semi-paga e a Inglaterra revolucionou a indústria da época.

Em um mundo mais equilibrado, encontramos um modo de todos colocarmos os pães na mesa, ou morremos todos de fome.

Que em 2011 todos demos o melhor de nós para o benefício de todos.

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