| Foto: Hazel Bregazzi/Free Images

Libertar-se da necessidade de aprovação alheia e do desejo de ser reconhecido como alguém digno de nota é um passo importante para a formação de uma personalidade madura. Por um motivo: o homem maduro, antes de mais nada, sabe quem ele é; e, para saber quem se é, é necessário o reconhecimento dos modelos com os quais se aprendeu e aqueles que se tornaram, de algum modo, um objeto de desejo. Pedro Sette-Câmara resgata as lições de René Girard (que, na sua teoria mimética, pontuou o papel da imitação nas relações sociais) para mostrar como o mundo digital – Facebook, Instagram etc. –, ao escancarar a vida privada das pessoas, contribuiu para a difusão de uma cultura de cobiça e de exibicionismo. (site exige cadastro)

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Somos invejosos

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A teoria mimética de Girard pode cair meio indigesta, porque parece fazer de nós seres não tão únicos, especiais, seres que imitam, que cobiçam. Mas o aprendizado se dá por imitação, e por esse motivo precisa de alguém que sirva de modelo. Até aí está tudo certo! O problema parece surgir justamente quando nos sentimos menos notáveis por termos de reconhecer que algo nos falta: eis a tal da inveja! João Pereira Coutinho faz seus apontamentos sobre esse pecado que ninguém gosta de assumir que já cometeu. (site exige cadastro)

O mimimi dos millenials

Já que tocamos no tema da falta de maturidade, pertinente lembrar que a minha geração, a dos millenials (nascidos na década de 80), deixa muito a desejar em matéria de “assumir responsabilidades”. Pouca gente quer casar, ter filhos, pagar as contas; e todo mundo quer “ser feliz”. Arcar com as consequências das próprias condutas, entender que a vida não é feita só de prazeres, sacrificar-se por um sentido de vida: nada disso faz parte do repertório de quem vive para atender às suas demandas afetivas. Tati Bernardi reclama do mimimi dessa geração. (site exige cadastro)

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