Ao longo da história, “segurança nacional” foi um dos motivos favoritos para escusar a adoção de regimes ditatoriais. Não à toa, as liberdades individuais são tão caras a uma nação democrática: quando elas são mitigadas, joga-se no lixo a democracia. Felipe Ventura comenta o argumento “quem não deve, não teme”, usado para justificar quebra de sigilos pessoais em investigações.
Ideias e suas consequências
Há muita gente que menospreza o papel de filósofos, artistas, jornalistas, professores, enfim – dos famigerados formadores de opinião –, condenando a pouca contribuição dessas pessoas para a cadeia produtiva, para a ação política concreta, para a sociedade de modo geral. Isso é um engano. Essas pessoas, certas ou erradas, fomentam ideias que explicarão o mundo para muitos, que povoarão a imaginação popular, e, por fim, que embasarão decisões de vida. João Carlos Espada fala das mudanças políticas em Portugal, e chama a atenção dos intelectuais de sua terra para a importância do papel que desempenham.
O tal do rigor científico
Quando você vai ao médico investigar ou tratar uma doença, é a sua saúde, a sua vida que está sendo confiada àquele profissional. É assustador saber que várias publicações científicas de renome na área de saúde – que possivelmente o seu médico irá estudar para entender melhor uma doença e poder recomendar um tratamento – estão sendo tratadas como veículo de marketing: pagou, publicou. Vejamos o caso da Oncotarget, denunciado por Maurício Tuffani.
Memória e esquecimento
Não só a memória, mas também o “esquecimento”, ou melhor, o que sabemos mas não trazemos para a consciência, desempenha papel importante no processo cognitivo. Imagine o que aconteceria se você tivesse de se lembrar todos os dias de tudo o que já sabe para conseguir inferir mais coisas. Você ia ter de pensar como é que se faz mesmo para falar, andar, comer etc. o tempo todo, e nem isso ia conseguir fazer se não tivesse a certeza subjacente de que você continua sendo você. As consequências disso são grandiosas no campo da gnoseologia e desbancam o “cogito” cartesiano. Por ora, fiquemos com a entrevista do neurocientista Rodrigo Quian Quiroga falando sobre memória e conhecimento. (artigo em espanhol)
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