| Foto: Tim & Annette/Free Images

As escolas públicas brasileiras são palco de um circo de horrores: do comportamento criminoso de diversos alunos ao fraco desempenho dos professores, passando por salas de aula caindo aos pedaços, greves recorrentes e invasões, há tantos fatos escandalosos que nos chegam ao conhecimento que – é evidente – as famílias mais abastadas e as remediadas matriculam seus filhos no ensino privado, esperando salvá-los dessa triste e corruptora realidade. Mas qual é, de fato, a qualidade da educação que as escolas particulares estão fornecendo? João Batista Oliveira ajuda-nos a responder essa questão, fundamentando-se em pesquisas nacionais e internacionais.

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Pedagogia do emburrecimento e da falta de criatividade

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Fornecer uma educação que promova a criatividade e o senso crítico tornou-se o objetivo primordial da maioria das escolas. Aparentemente, não há nada de errado nisso. O problema é colocar o carro na frente dos bois. Como? Tratando crianças e adolescentes como se tivessem conhecimentos infusos e repertório de vida para estarem aptos ao exercício da criatividade e do senso crítico. Por exemplo, se eu frequentasse uma aula de violão, e o professor, mal tendo me ensinado alguns acordes, pedisse para que eu compusesse uma música, evidentemente eu não saberia como fazê-lo. Ora, ensine-me a tocar o que há de melhor, e, depois de muito treino, terei repertório para criar algo de valor! Se isso é evidente na formação musical, por que a mesma lógica é tão mal vista pelas pedagogias modernas no que diz respeito à educação escolar? Kenneth Crowther explica como os educadores estão matando a criatividade e o senso crítico. (texto em inglês)

O autoritarismo nas universidades

Por muito tempo, o ocidente ignorou o fenômeno da homogeneização de pensamento nas universidades. No Brasil, a ocupação do espaço acadêmico foi tão massiva, que tornou a mentalidade esquerdista a régua da linguagem e do raciocínio nos meios sociais com maior nível de escolarização. É ainda bastante recente por aqui a reação a essa presença hegemônica do esquerdismo na cultura, mas só o fato dela existir já fez com que a verve autoritária daqueles que comungam dos ideais “progressistas” viesse à tona, como se viu nas invasões de escolas e universidades e no vandalismo dos black blocs, amplamente apoiados e capitaneados por jovens universitários. Nos EUA, esse mesmo fenômeno da via única de pensamento está em curso, porém em estágio um pouco menos avançado. Contudo, talvez porque lá a resistência é maior (a nova contracultura, segundo Paul Joseph Watson), a resposta da academia, partindo de professores radicais e seus alunos entusiastas, é tão ou mais espantosa. Há uma série de universidades que estão fazendo mudanças no currículo que excluem o estudo de autores clássicos que não se enquadram no cânone esquerdista. Isso sem falar dos casos recentes de palestrantes que divergem da cartilha politicamente correta e que foram expulsos do campus onde falariam por estudantes ativistas. Vejamos o comentário de Vilma Gryzinski.

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