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Finalmente assisti ao filme A felicidade não se compra, de Frank Capra, recomendado por um querido casal de amigos. O clássico natalino de 1946, estrelado por James Stewart, fala sobre a diferença que algumas pessoas fazem no mundo.

Dias atrás confessei aos amigos que rezo pelo ex-presidente Lula. Com exceção de uns poucos comentários negativos, entre eles o de uma Maria do Rosário de sinal trocado, as pessoas compreenderam o que eu quis dizer. A oração pelos inimigos, recomendada pelo próprio Jesus no Sermão da Montanha, não é uma forma de ceder ao mal, mas de reagir contra ele de modo qualitativamente diferente. Quem não entender isso, desculpe, mas não entendeu o cristianismo. Ninguém disse que seria fácil.

Hoje, no entanto, é preciso rezar por Sérgio Moro. O juiz federal responsável pela Operação Lava Jato vem sendo atacado com ainda mais violência pela trupe de militantes virtuais do PT. O motivo desse recrudescimento, todos sabem, foi a prisão dos diretores de duas empreiteiras muito ligadas a Lula, especialmente em negócios com a cleptocracia internacional. Já há blogueiros escrevendo abertamente em tom de ameaça contra a vida de Moro.

Como seria o Brasil sem a atuação do juiz federal Sérgio Moro e sua equipe no combate à corrupção?

Em A felicidade não se compra, o principal personagem, George Bailey, atravessa um período de sérias dificuldades financeiras e está a um passo de ver a sua vida ruir. Pressionado pelos acontecimentos negativos, ele chega a dizer, a exemplo do personagem bíblico Jó: “Melhor seria se eu não tivesse nascido” (Camões tem um soneto que expressa ideia semelhante: “O dia em que nasci moura e pereça...”).

Nesse momento de desespero, o anjo da guarda de George Bailey tem uma ideia brilhante. Resolve mostrar a seu protegido como seria o mundo sem ele. Podemos fazer o mesmo exercício e imaginar como seria o Brasil sem a atuação do juiz federal Sérgio Moro e sua equipe no combate à corrupção. Ouso dizer que estaríamos hegemonicamente dominados por organizações nas quais não se sabe onde começa o crime e termina a política. Como afirmou Diogo Mainardi, Curitiba hoje é a capital moral do Brasil – graças a Moro.

No país em que morreram Celso Daniel e mais oito pessoas relacionadas ao caso, é preciso zelar não só pela vida de Sérgio Moro, mas pela de todos os seus colaboradores. O exemplo do procurador argentino Alberto Nisman, morto um dia antes de denunciar um governo bolivariano como o nosso, está aí para nos alertar sobre o ponto a que podemos chegar. Rezemos por Sérgio Moro. Mas não nos limitemos à oração. É importante lembrar a recomendação bíblica: “Orai e vigiai”.

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