• Carregando...

Foi libertado ontem, sem o pagamento de fiança, o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, envolvido em um escândalo sexual sob a acusação de ter estuprado uma camareira de um hotel em Nova Iorque. O caso ocorrido em maio determinou a sua renúncia ao cargo no FMI e bombardeou as pretensões que tinha de concorrer à Presidência da França em 2012. A reviravolta no momentoso episódio se deve à constatação dos promotores encarregados das investigações de que a camareira mentiu em seu depoimento, dando conta de que teria sido forçada a fazer sexo. Segundo a nova versão, não houve agressão e o ato teria sido consensual, o que pode livrá-lo de complicações mais sérias com a Justiça. Ainda que isso ocorra e que Strauss-Kahn seja inocentado da acusação de estupro, não se eliminam todos os senões da história. O principal deles a responsabilidade que tinha de exercer com dignidade e compostura o cargo, tanto em público como na vida privada. Assim sendo, ainda que consensual, o ato sexual praticado com a funcionária do hotel depõe contra o ex-diretor do FMI e marca negativamente sua vida de homem público de forma indelével. Disso não existe absolvição.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]