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Em meio a uma série de percalços de toda ordem, a semana passada teve espaço para boas notícias na área econômica. Segundo um levantamento do Banco Central sobre as contas externas, os investimentos estrangeiros diretos deverão ultrapassar a meta estabelecida pelo governo para este ano, de US$ 25 bilhões. Até maio, o volume já chega a US$ 23 bilhões. No acumulado do ano, até o fim de maio, eles somam US$ 10,550 bilhões. No mesmo período de 2006, foram de US$ 6,325 bilhões, o que resulta um crescimento de 66,79% neste ano. Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) são a soma do que é trazido para o país do exterior com o objetivo de criar empresas, expandi-las, ou estabelecer participação acionária nas já existentes.

Pelos cálculos do Departamento Econômico do BC, os números consolidados de junho, cujo relatório ainda não está concluído, mostrarão um acumulado em 12 meses de US$ 28,5 bilhões. O fluxo revela, segundo os técnicos, a tendência de crescimento do investimento estrangeiro no país, reflexo das melhores condições macroeconômicas. Embora o quadro ainda esteja incompleto, o Banco Central aposta em maior volume no segundo semestre e classifica a alta como o melhor resultado da série histórica, até porque o IED se revela bastante disseminado, o que significa bom desempenho da economia com diversificação de oportunidades.

Nesse leque para aplicação em projetos de longo prazo, aparecem agricultura e pecuária, fábricas e turismo.

Outra informação positiva veio do Relatório Trimestral de Inflação, ainda do Banco Central: a perspectiva para o controle da inflação nos próximos trimestres continua favorável. O documento ressalta também que o "cenário benigno" para a estabilidade de preços possibilita que os agentes econômicos "tomem decisões com planejamento de longo alcance, em horizonte mais distante". O ritmo de crescimento deverá se acelerar neste ano em função do fortalecimento do mercado de trabalho, do crescimento da renda real, do aumento das intenções de investimento e da ampliação do crédito. A esse grupo de fatores deverá se somar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que começa a gerar efeitos e motivou a revisão da expectativa de crescimento da economia no ano, passando de 4,1% para 4,7%. O governo projeta para o próximo ano inflação em torno de 3,50%, contra a estimativa de 3,8% feita no mês de março. O otimismo é reforçado por pesquisas junto ao mercado e instituições financeiras, que estimam um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,60%. A inflação do ano passado fechou em 3,14% e, no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em maio, está em 3,18%.

Antes dos números oficiais, os Indicadores Industriais divulgados pela Confederação Nacional da Indústria apontaram o crescimento do número de postos de trabalho no setor e, igualmente, o crescimento dos rendimentos pagos aos trabalhadores. A utilização da capacidade instalada chegou a 83,2% em maio, contra 81,5% em maio de 2006 e 81,6% em abril deste ano. São termômetros que confirmam a tendência de crescimento da economia. Uma tendência que poderá ser mais acentuada com a adoção de algumas medidas, a começar pela redução mais acelerada da taxa de juros.

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