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O Brasil está no meio do salto para se tornar um país desenvolvido, no 10.º lugar entre as maiores economias mundiais – segundo a revisão das contas nacionais anunciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pela nova metodologia do órgão oficial de estatística, com base em padrões recomendados pelas Nações Unidas (ONU), o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu à média de 3,3% desde 2000 até 2005, perfazendo um total superior a R$ 2 trilhões no fim daquele ano, ou US$ 882 bilhões. Falta completarmos a passagem: em PIB "per capita" o Brasil se situa em 75.º lugar no mundo; mas estamos em marcha.

As informações ainda são provisórias: o resultado revisto para 2006 só estará disponível em abril, porém o Ministério da Fazenda já calcula que, pelo critério de Paridade do Poder de Compra nossa posição é ainda melhor: estaríamos no 8.º lugar do "ranking", com um PIB de US$ 1,8 trilhão. Uma avaliação mais ponderada, endossada pela CIA, a agência externa de inteligência dos Estados Unidos, apresenta o Brasil com um PIB pouco superior a US$ 1 trilhão.

É possível que a partir dos dados de abril – com o crescimento do PIB revisto de 2,9 para 3,3% em relação a 2006 – passemos ao 9.º lugar; posição aceita pela consultoria Austin Ratings, que trabalha sistematicamente na comparação brasileira com dados mundiais. Com isso teremos ultrapassado respectivamente a Índia (12.ª posição), a Coréia do Sul (11.ª) e a Espanha (10.ª). Se avançarmos um pouco mais, estaremos nos aproximando da França (7.ª posição).

Os especialistas ratificam os novos números para o PIB, cujos cálculos foram modernizados para abranger uma base de dados compatível com uma economia urbana em modernização. Assim, entram nas estatísticas novas atividades – como o vasto setor de serviços de comunicação, o terceiro setor que envolve ações de consumo, os serviços financeiros e a expansão do governo.

Doutro lado, se a ampliação do PIB traz queda na relação dívida/PIB (baixou para 46%) e na carga tributária relativa, também piora a taxa média de investimento.

O fato é que o novo montante aponta um crescimento mais robusto, projetando uma realidade positiva. Os estudos internacionais – sobretudo o mencionado relatório da CIA – apontam realidades positivas: o Brasil exibe estabilidade política e economia diversificada, patrimônio de recursos naturais e população empreendedora. Por isso, sua inclusão no grupo dos quatro pesos pesados em desenvolvimento (ao lado da China, Índia e Rússia) – os chamados "BRIC".

Há desafios, entre eles o complicado sistema de tributos, a burocracia onerosa e lenta, as deficiências em educação e saúde e o retardo na infra-estrutura – fruto de uma conjuntura a superar. A infra-estrutura, desafio para evitar que fiquemos paralisados no meio do salto para o desenvolvimento, está sendo atacada com os projetos do PAC. Não obstante, os novos números do PIB nos mostram a caminho de crescimento sustentável, prontos para realizar nosso potencial e melhorar a vida do povo.

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