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Não há setor da economia que já não tenha sentido os reflexos da crise financeira mundial. Reportagem da Gazeta do Povo mostrou, na edição de ontem, as agruras pelas quais vêm passando as revendas de carros usados. Vítimas do aperto do crédito, da cuidadosa contenção do consumo a que foi levada a classe média e da súbita desvalorização das suas mercadorias, dezenas de empresas do ramo instaladas em Curitiba tiveram de fechar suas portas, fenômeno que se repete em todo o país. Na esteira desse cenário negativo, o mais negativo efeito: o desemprego de vendedores – não só daqueles cujas firmas que trabalhavam encerraram atividades, mas também nas demais que ainda permanecem em funcionamento. A queda generalizada das vendas tem obrigado os empresários a reduzir seus quadros, adaptando-os ao cenário de baixa demanda e de redução de lucros com que se defrontam. Não há remédio com eficácia absoluta e rápida no fim desse túnel com a brevidade que seria desejável. É hora, contudo, de as autoridades olharem com mais atenção o que está ocorrendo com o setor, dada à sua importância retratada pelo grande volume de negócios e pelo número de postos de trabalho que gera. Não só as montadoras devem ser beneficiadas pela abertura de linhas de crédito que favoreçam o consumo de carros novos – pois as revendedoras de usados fazem parte da mesma cadeia.

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