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A eleição para a presidência da Câmara Municipal de Curitiba, ocorrida na terça-feira, é uma demonstração de que nem sempre uma votação ampla é sinônimo de democracia plena. O vereador João Cláudio Derosso (PSDB) foi eleito com o voto de 30 dos 38 vereadores e será o maior administrador do Poder Legislativo pela oitava vez, completando 16 anos na frente da presidência da Casa. Venceu uma eleição sem concorrentes. Uma democracia ideal é feita com alternância de poder e opiniões diferentes, com grupos que exerçam a contestação. Coisas que nos últimos anos faltam na Câmara de Curitiba. Para piorar a situação, não somente permanece o mesmo grupo na sua chefia, como a mesma pessoa. Derosso disse que continua no cargo por ser competente e que quando as coisas vão bem, não precisam ser mudadas. Mas estão bem para quem? A presença da oposição é importante para a democracia porque fortalece os poderes constituídos, na medida em que apresenta o contraditório, se efetiva a função de fiscalização do Executivo e do próprio Legislativo. A oposição é o olho atento do cidadão, o que está faltando na Câmara da capital paranaense.

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