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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, queria provar que não é refratário a debates. Por isso desafiou quatro intelectuais de países vizinhos, que visitavam Caracas, a participar de um duelo verbal no programa Alô, Presidente! O grupo elegeu o escritor peruano Mario Vargas Llosa para representá-lo e exigiu o estabelecimento de normas claras para garantir que o interlocutor tivesse a oportunidade de falar sem censura. Chávez não aceitou. Queria fixar as regras e debater com os quatro, provavelmente estimando que, diluídos, os argumentos adversários perderiam força. Além de Vargas Llosa, foram convidados para o debate os escritores Jorge Castañeda, do México, e Plinio Apuleyo Mendoza, da Colômbia, e ainda o historiador mexicano Enrique Krauze – todos participantes do Encontro Internacional pela Liberdade e Democracia. Na quarta-feira, na chegada a Caracas, Vargas Llosa, crítico contumaz do chavismo, foi advertido por um funcionário da alfândega a não a fazer "declarações políticas" durante sua permanência na Venezuela. Fica fácil concluir que o compromisso do governo Chávez com a liberdade e a democracia é mero jogo de cena.

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