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A evasão escolar, antes uma preocupação maior nos ensinos fundamental e médio, virou problema no ensino superior. No Paraná, 20,9% dos alunos de instituição de ensino superior abandonaram seus cursos em 2009. Número idêntico com a porcentagem nacional de evasão entre alunos que cursam graduação. É preciso prestar atenção nessa porcentagem por diversos motivos. Representa desperdício de dinheiro público investido nos alunos, seja em instituições públicas ou em privadas. Além disso, é preciso rever a política de estímulo ao ensino superior. O governo federal incentivou, nos últimos oito anos, a criação de vagas em faculdades e universidades, o que gerou uma proliferação de instituições em todo o Brasil. Seria uma política positiva se viesse agregada a ações que permitam ao estudante se manter em sala de aula. Isso porque o perfil dos novos alunos, aqueles que não tinham acesso aos bancos das universidades, é de trabalhadores que estudam à noite, que precisam do emprego e do salário para sobreviver, não podendo se dedicar de forma ideal aos estudos. Não é adequado oferecer ensino com baixo nível de exigência, e, da forma correta, exigir do aluno faz com que o estudante-trabalhador tenha poucas condições de manter-se no estudo. Há ainda casos de jovens, empolgados com a ideia de cursar uma faculdade, que acabam escolhendo cursos que vão de encontro a suas vocações, o que leva ao desestímulo e à invasão. Mais do que uma escolha do aluno, uma vaga em uma universidade, privada e, principalmente, pública, deve ser entendida como um investimento do Estado, que assim deve ser respeitado pelos alunos e zelado pelo poder público.

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