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Sabe-se, contudo, da dificuldade dos círculos religiosos em abrir espaço para agentes públicos quando o assunto é drogadição ou gravidez adolescente, interrompendo o debate da saúde num espaço tão privilegiado. Idem para a criação de núcleos de estudos da violência, tão urgentes quanto as aulas de catequese. Da outra banda, resiste-se à inclusão do ministro religiosos nas agendas públicas, à revelia dos resultados sociais que alcançam.

Em parte, esse divórcio entre pares é culpa da tecnocracia. Busca-se cada vez mais quem possa dar respostas especializadas ao setor social, esquecendo-se de que não há aparato operacional que sobreviva à incapacidade de criar vínculos afetivos. Haja vista o êxito na Chácara dos Meninos de 4 Pinheiros, em Mandirituba – criada e administrada por um ex-religioso. Seu grande mérito: crianças e adolescentes em situação de rua gostam de ser e de estar no projeto de Fernando de Góis, o que não acontece a torto e a direito. Não perguntar qual é o segredo de 4 Pinheiros beira o descaso.

Idem para o projeto do padre Patrick McGillicuddy, que oferece abrigo e escolaridade para jovens e jovens adultos em Campina Grande do Sul. A citar, ainda, a presença dos espíritas nos cárceres e ações feito a da Igreja do Caminho/ONG da Videira – que transformou um templo em praça na Vila Fanny. Não se deve esquecer do centro profissional dos salesianos na Vila Guaíra; da padaria, creche e time de futebol da irmã Anete Giordani, no Bolsão Sabará; e obviamente da Pastoral da Criança.

Os casos de religiosos metidos no avanço social são muitos. Não são milagres – mas conhecimento ao alcance das mãos.

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